Autor revela que consultou fontes documentais e conversou com os adversários de João Paulo II durante o regime comunista, que chegou ao fim com o auxílio do santo polonês
Da Redação, com Rádio Vaticano
“João Paulo II e o fim do comunismo. A transição na Polônia de 1978 a 1989”. Este é o volume editado pela ‘Guerini e associados’ vencedor da 14ª edição do prêmio Desiderio Pirovano, promovido pelo instituto Luigi Sturzo de Roma para valorizar os estudos da história da Igreja e do Cristianismo. O autor, Massimiliano Signifredi, entre testemunhos e fontes inéditas, traçou o impacto de Karol Wojtyla no nascimento, em Varsóvia, do primeiro governo não-comunista na Europa.
Massimiliano destaca que João Paulo II acreditou com grande convicção pessoal que a transição para a democracia era possível sem derramamento de sangue, com o diálogo. O agora santo polonês se contrapôs, com a força da oração, a um sistema que não dava a mínima importância para a religião.
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Para a preparação desse volume de estudos, foram consultados vários arquivos na Polônia. O autor explica que, além da pesquisa bibliográfica, ele ouviu algumas testemunhas e colaboradores de João Paulo II bem como seus adversários, a começar pelo general Jaruzelski, que introduziu a lei marcial na Polônia. Massimiliano também ouviu expoentes do governo comunista polonês que, depois de muitos anos, não negam o papel insubstituível deste Papa para uma mudança pacífica.
“Efetivamente, a conclusão pacífica da transição polonesa, iniciada, a meu ver, com a eleição de João Paulo II em outubro de 1978, e concluída em 1989 com o fim do comunismo na Polônia, demonstrou que Jaruzelski e os comunistas poloneses haviam encontrado um modo de dialogar: tinham descoberto o método do diálogo”.