Meio ambiente

Proibição de plásticos descartáveis na Europa: relembre reflexões do Papa

A partir desta sexta-feira, 14, será proibido em toda a Europa o uso de plásticos não biodegradáveis e não compostáveis

Da redação, com Vatican News

Foto: Tanvi Sharma via Unsplash

Acabar com a poluição ligada ao plástico. Para atingir este objetivo, entrará em vigor, na União Europeia, nesta sexta-feira, 14, uma lei que proíbe o uso de plásticos monouso ou descartáveis. Pratos, talheres, copos, cotonetes, canudos e balões plásticos são proibidos. Mas também sacolas de compras, recipientes para alimentos e bebidas e tampas. E muitos outros produtos feitos de plástico.

A proibição não se aplica aos produtos plásticos laváveis e não descartáveis, que são reutilizáveis. Estão previstas multas, muito elevadas, para os que não cumprirem a lei. O plástico contamina as florestas, acaba no mar, decompõe-se em minúsculas partículas que entram na cadeia alimentar e acabam em nossos pratos.

Responsabilidade ambiental

Durante seu pontificado, o Papa tem nos lembrado repetidamente dos danos causados ao meio ambiente, inclusive pelo plástico. Na encíclica “Laudato si”, Francisco destaca que “a educação para a responsabilidade ambiental pode encorajar vários comportamentos que têm um impacto direto e importante no cuidado do meio ambiente, tais como evitar o uso de plástico ou papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, cozinhar somente o que pode ser razoavelmente comido, tratar outros seres vivos com cuidado, usar o transporte público ou compartilhar o mesmo veículo entre várias pessoas, plantar árvores, apagar luzes desnecessárias, e assim por diante. Tudo isso faz parte de uma criatividade generosa e digna que mostra o melhor do ser humano”.

Estilos de vida mais simples

A emergência climática ameaça seriamente a natureza e a vida. O Papa Francisco reitera isto em sua mensagem para a celebração do Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, em 1º de setembro de 2019. “A dissolução glacial, a escassez de água, a negligência das bacias hidrográficas e a considerável presença de plástico e microplástico nos oceanos são fatos igualmente preocupantes, que confirmam a urgência de intervenções não mais adiáveis”.

O Pontífice exorta a “refletir sobre nossos estilos de vida e sobre como nossas escolhas diárias em termos de alimentação, consumo, viagens, uso da água, da energia e de muitos bens materiais muitas vezes são irrefletidas e prejudiciais”. “Optemos por mudar, por adotar estilos de vida mais simples e mais respeitadores”.

Pesca de plástico

Em 18 de janeiro de 2020, saudando uma delegação de pescadores italianos, o Papa expressou seu apreço pelo trabalho de limpeza dos fundos marinhos realizado pelos pescadores e associações em colaboração com as autoridades competentes.

“Esta iniciativa é muito importante, tanto devido à grande quantidade de resíduos, especialmente plásticos, que vocês recuperam, como também – e eu diria acima de tudo – porque isso pode se tornar e já está se tornando um exemplo que pode ser repetido em outras áreas da Itália e no exterior. A operação “Pesca de Plástico”, que vocês realizaram voluntariamente, é um exemplo de como a sociedade civil local pode e deve contribuir para enfrentar questões de importância global, estimulando assim a responsabilidade das instituições”.

Usar tudo que é biodegradável

Há várias coisas que podemos fazer diariamente para proteger o meio ambiente. O Papa Francisco recordou algumas boas práticas durante uma transmissão televisiva em 17 de dezembro de 2015 pela CNN com as “Scholas Occurrentes”. “Por exemplo”, disse o Pontífice na ocasião, “podemos usar sempre material biodegradável. Vocês sabem que um saco plástico que não é biodegradável permanece onde se joga por milênios e que prejudica o meio ambiente. Podemos usar todas as coisas biodegradáveis”. O futuro de nossa casa comum também depende de pequenos passos diários.

Os regulamentos e diretrizes podem apontar os caminhos permitidos e os proibidos. Mas são as escolhas e estilos de vida diários que são os maiores aliados da criação. Somente desta forma podemos realmente construir uma educação autêntica para a responsabilidade ambiental.

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