Presidente do Iraque, Barham Salih, recebeu nesta quinta-feira, 13, o patriarca Sako para falar sobre a possível visita do Papa ao país
Da redação, com Vatican News
Nesta quinta-feira, 13, o Presidente do Iraque, Barham Salih, recebeu o patriarca caldeu cardeal Louis Raphael Sako em seu escritório em Bagdá, no contexto de uma visita de tons calorosos e cordiais. Comentando a intenção do Papa de visitar o país em 2020, o chefe de Estado iraquiano falou de “evento histórico”.
Durante o encontro foi recordada também as numerosas intervenções do Papa no passado em favor da “paz e estabilidade” no país e da “segurança para todos os cidadãos”. Salih destacou então o valor dos cristãos e seu papel “na construção” do Iraque: “Eles são um componente original do país e contribuíram para seu desenvolvimento e à civilização”.
O cardeal Sako expressou “apreço” pelas palavras do presidente e sublinhou o papel do chefe de estado como fundamental para a garantia da unidade nacional. O purpurado e Salih – relata a agência AsiaNews – discutiram depois os passos a serem dados em previsão da possível visita do Papa.
Uma visita do Papa Francisco ao Iraque seria “importante” para os cristãos, especialmente para a comunidade de Mosul e da Planície de Nínive, que “vive ainda hoje uma situação difícil” numa “terra queimada que precisa ser reconstruída”. É o que diz à AsiaNews o Padre Paolo Thabit Mekko, sacerdote caldeu encarregado da comunidade de Karamles, no norte, comentando as palavras do Papa que expressou o seu desejo de viajar ao Iraque em 2020. “Assim que a notícia se espalhou – sublinha padre Paolo -, entre os cristãos de Nínive, espalhou-se um sentimento de expectativa e trepidação. Eles esperam que a data seja oficializada e que seja a mais próxima possível”.
A presença do Pontífice, acrescenta o sacerdote caldeu, seria “um impulso essencial para aqueles que ainda hoje vivem uma situação difícil”, como a das comunidades de Mosul e da Planície de Nínive. “Estamos vivendo um momento crítico – continua -, porque precisamos reconstruir entre tantos desafios e tantas incertezas; nosso futuro ainda é sombrio, mesmo que haja um desejo de recomeçar”.
Diante das dificuldades e incertezas, afirma padre Paolo, a visita representaria “um sinal de grande atenção para com a comunidade cristã iraquiana, que corre o risco de ser esquecida tanto no próprio país como pela comunidade internacional”. “Precisamos de ajuda, colaboração para enfrentar e superar os muitos desafios: proteção da identidade, emigração, preservação de um patrimônio antigo e enraizamento a esta terra”, concluiu o sacerdote.