Tensões no país

Em carta, CNBB expressa unidade com Igreja na Nicarágua

Igreja na Nicarágua enfrenta perseguição do governo de Daniel Ortega, com fechamento de emissoras de rádio e TV, expulsão de religiosas e prisão de bispo e sacerdotes

Da Redação, com CNBB

Carta CNBB Igreja da Nicarágua

Bispos da Nicarágua/ Foto: Divulgação – Site CNBB

“Se um membro do corpo sofre, todo o corpo sofre igualmente!” (1 Cor 12,26). Com este trecho da carta em que Paulo explica à Igreja de Corinto sobre unidade, a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) iniciou a mensagem enviada a Dom Carlos Enrique Herrera Gutiérrez na última segunda-feira, 15. Dom Carlos é bispo de Jinotega e presidente da Conferência Episcopal da Nicarágua.

No texto, os bispos brasileiros afirmam acompanhar” com tristeza e preocupação os acontecimentos que têm marcado a vida da Igreja na Nicarágua. “Sentimo-nos profundamente unidos aos irmãos bispos e a todo o povo nicaraguense”. E concluem com uma oração: “Clamamos ao Bom Deus para que a paz e a justiça sejam alcançadas”.

O Conselho Episcopal Latino Americano (Celam) e outras conferências episcopais também manifestaram solidariedade à Igreja e ao povo da Nicarágua.

Perseguição à Igreja

A Igreja Católica na Nicarágua tem sofrido uma forte repressão do governo de Daniel Ortega. Nas últimas semanas, sete emissoras de rádio ligadas à Igreja Católica foram fechadas. Meses antes, foi a vez de 3 canais de TV também serem impedidos de funcionar. Três sacerdotes foram presos e o bispo da diocese de Matagalpa, Dom Rolando Álvarez, está confinado na cúria diocesana. Em julho, as religiosas Missionárias da Caridade, ordem fundada por Madre Teresa de Calcutá, foram expulsas do país, sob alegação de que elas não estavam credenciadas para realizar ações de assistência social.

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No início de agosto, a polícia da Nicarágua também proibiu uma procissão católica na capital Manágua, no encerramento do Congresso Mariano do país, que seria a despedida da imagem portuguesa de Nossa Senhora de Fátima.

O regime totalitário de Ortega vem mantendo uma oposição sistemática aos veículos de comunicação no país e a qualquer grupo que considere uma ameaça ao seu governo.

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