Segundo padre Lombardi, a revelação teve como objetivo aumentar a tensão midiática em relação ao sínodo dos bispos que acontece em Roma
Da redação, com Agência Ecclesia
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé comentou neste sábado, 3, as declarações do padre e teólogo polaco Krzysztof Charamsa que, depois de vários anos ao serviço do Vaticano em áreas como a Congregação para a Doutrina da Fé, assumiu a sua homossexualidade.
Em uma breve nota, o padre Federico Lombardi classificou esta revelação como “grave e irresponsável, pois tem como objetivo aumentar a tensão midiática à volta do Sínodo dos Bispos sobre a Família”, que começou neste domingo, 4.
O sacerdote frisou ainda que, como consequência desta posição, o monsenhor Krzysztof Charamsa “vai certamente deixar de exercer funções tanto na Congregação para a Doutrina da Fé como em várias universidades pontifícias”.
Quanto a “outros aspectos da sua situação”, mais de caráter pessoal, “permanecerão na competência do seu responsável diocesano”, aponta o porta-voz do Vaticano.
Com 43 anos de idade, o padre Krzysztof Charamsa vivia em Roma há 17 anos e dividia a sua missão ao serviço da Congregação para a Doutrina da Fé, da Comissão Teológica Internacional e de duas universidades pontifícias, a Gregoriana e a Athenaeum Regina Apostolorum, onde era professor.
Em entrevista ao jornal “Corriere della Sera”, o sacerdote polaco afirmou-se como “um padre homossexual, feliz e orgulhoso da sua identidade” e “pronto a pagar as consequências”.
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