Crise na Venezuela

Pontes que ligam Colômbia e Venezuela continuam fechadas

Três pontes fazem a ligação entre os dois países; vice-presidente venezuelano anunciou o fechamento delas na sexta-feira, 22

Da redação, com agências

Governo venezuelano ordena fechamento parcial da fronteira com a Colômbia / Foto: Reprodução Reuters

O vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodriguez, anunciou na noite desta sexta-feira, 23, o fechamento das três pontes fronteiriças com a Colômbia ― tratam-se das pontes Simón Bolívar, Francisco de Paula Santander e Ponte Tienditas.

Rodriguez disse que o governo venezuelano decidiu fechar temporariamente parte da fronteira entre os dois países, enquanto a Colômbia, em seu entender, continuar a ameaçar ilegalmente a paz na Venezuela.

Diz-se que até agora os Estados Unidos entregaram centenas de toneladas de suprimentos à cidade fronteiriça de Cúcuta, no nordeste da Colômbia, enquanto continuam a pressionar a Venezuela a aceitar ajuda humanitária oferecida pelo país.

O governo venezuelano se recusou a aceitar a ajuda e pediu aos Estados Unidos que suspendessem as sanções contra a Venezuela, acusando os norte-americanos de fornecer ajuda humanitária vislumbrando futuras intervenções militares.

A Venezuela já fechou sua fronteira terrestre com o Brasil, bem como sua fronteira marítima com três ilhas holandesas no norte do Caribe, a fim de manter o bloqueio por conta do auxílio enviado pelos Estados Unidos seja por via marítima ou aérea.

Brasil prestará apenas ajuda humanitária

O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, afirmou nesta sexta-feira, 22, disse que o único interesse do Brasil é oferecer auxílio humanitário aos venezuelanos. “A operação brasileira tem caráter exclusivamente de ajuda humanitária, não há qualquer interesse de nosso país em quaisquer outras frentes neste momento”, ressaltou.

Ainda de acordo com o porta-voz da Presidência, há cerca de 200 toneladas de alimentos, como arroz, feijão, açúcar, café, sal e leite em pó, além de kits de primeiros-socorros “à espera do transporte”.

Rêgo Barros disse que existe um caminhão venezuelano em Boa Vista, pronto para o transporte. Segundo o porta-voz, se o caminhão for impedido de entrar em território vizinho, retornará ao Brasil para “uma nova tentativa”.

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