Na mensagem dirigida aos fiéis da Igreja Ortodoxa Russa, Kiril pediu: não se tornem escravos da vaidade do mundo
Vatican News
“Alegremo-nos novamente pela gloriosa Ressurreição de Cristo”. Com essas palavras o patriarca da Igreja Ortodoxa de Moscou e de toda a Rússia, Kirill, inicia sua mensagem de Páscoa, a “Solenidade de todas as Solenidades”. Recordando que, “na Ressurreição de Cristo manifestou-se em plenitude o amor de Deus” e a morte foi vencida, Kirill observa que:”este ano os povos do mundo estão passando por uma provação específica”, devido à epidemia de coronavírus.
“Mas nós, cristãos ortodoxos, não devemos nos render ao desespero nessas difíceis circunstâncias, muito menos ao pânico – escreve o patriarca -. Somos chamados a preservar na paz interior e a lembrar as palavras do Salvador, pronunciadas na véspera de sua paixão salvadora: no mundo tereis tribulações, mas Eu venci o mundo! “.
Na mensagem dirigida aos fiéis da Igreja Ortodoxa Russa, Kirill ressalta que “somente graças à Ressurreição de Cristo obtivemos a verdadeira liberdade”, convidando a não se tornarem “escravos da vaidade do mundo, cedendo a medos passageiros e esquecendo o verdadeiro tesouro espiritual e o verdadeiro chamado do cristão em servir ao Senhor”.
“A religião pura e sem mácula diante de Deus nosso Pai consiste precisamente em crescer no amor e na paciência em relação a fraquezas dos outros – acrescenta o patriarca de Moscou e de toda a Rússia – em ajudar e apoiar os outros nas provações, de acordo com o exemplo, revelado a nós no Evangelho pelo Bom Pastor”. Kirill enfatiza que nenhuma restrição externa pode dissolver a unidade, uma vez que todos são membros do único Corpo de Cristo, e enfatiza que é a fé que nos dá a força para viver e superar, com a ajuda de Deus, as doenças e provações.
Por fim, o patriarca pede a todos que fortaleçam a oração comum. “Que o Senhor nos dê a graça de permanecer co-partícipes da vida litúrgica da Igreja, apesar de todas as dificuldades” e faz votos que “o sacramento da Eucaristia continue a ser celebrado”, que “os fiéis possam ter acesso à verdadeira Fonte da vida, o Corpo e o Sangue de Cristo” e que “os enfermos recebam a cura”.
“Acreditamos que o Senhor Ressuscitado não nos abandonará e nos dará a perseverança e a coragem necessárias para permanecermos firmes na fé – conclui Kirill – e alcançar a vida eterna no final do caminho da vida terrena”.