Sem medo

Papa quis ir à África para contribuir com a paz, diz cardeal

Secretário de Estado do Vaticano diz que preocupação por conta de grupos extremistas existe, mas o Papa quis ir à África justamente para contribuir com a paz

Da Redação, com Rádio Vaticano em italiano

cardeal parolin

Cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano / Foto: Arquivo

A visita do Papa Francisco à África se aproxima e um dos aspectos comentados é a preocupação devido à presença do grupo extremista Al Shabaab (veja quem é o grupo ao final da matéria) na República Centro-Africana, um dos países para onde Francisco irá. Em entrevista à Rádio Vaticano, o secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, comentou o assunto, dizendo que o Papa quis ir à África justamente para contribuir com a paz em meio aos conflitos.

“Acredito que a preocupação existe. Entretanto, imagino que se o Papa vai, há também condições para que o Papa possa ir. Digamos que esses fenômenos estão sob controle, ao menos por ocasião da visita do Papa. Então creio que o fato de que a viagem se realize significa que há condições mínimas para que o Papa possa ir e permanecer ali o tempo necessário para cumprir o programa”.

Papa não está com medo de ir à África

O cardeal acredita que o Papa não está com medo de fazer a viagem por conta desses riscos, do contrário, não iria. Para Parolin, o Santo Padre encontra coragem na sua fé.

“Ele quis que essa viagem na África fosse caracteriza pela visita à República Centro-Africana justamente pela situação de conflito em que se encontra, porque pensa que ir ali dizer uma palavra – aos cristãos, mas também a todas as partes envolvidas – possa ser uma grande contribuição para a construção da paz. Então, ele está pronto para enfrentar também eventuais riscos”.

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Documento final do Papa sobre o Sínodo

Outro ponto comentado pelo cardeal em entrevista foi a possibilidade do Papa elaborar um documento final sobre famílias, em resposta ao Sínodo. O Secretário de Estado do Vaticano, acredita que seja possível a publicação de um documento pontifício, mas até agora não se falou nada a respeito.

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“Os padres sinodais oferecem uma série de reflexões ao Papa, de conclusões, e depois o Papa as faz suas através de um documento. Penso que também desta vez será assim. Porém, até agora não se falou absolutamente nada nesse sentido. É o Papa que deve decidir o que fazer. O Papa já teve uma decisão de publicar o relatório conclusivo do Sínodo, que era para ele, mas quis que fosse conhecido e publicado”.

Se a decisão a respeito do documento será breve ou não o cardeal não soube informar e disse que nem ousa se pronunciar. Para ele, é preciso, antes de tudo, ver o que o Papa pretende fazer, se ele realmente pretende elaborar um documento conclusivo.

“Imagino que não será um tempo muito longo porque geralmente essas coisas devem ser feitas em tempos breves se não perdem um pouco a sua força, o seu impacto. Penso que se o Papa decide fazê-lo, fará em tempo relativamente breve”.

Sobre o grupo Al Shabaab

al shabaab_o que é

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