Ao encontrar os familiares das vítimas do terremoto de 2009, Francisco afirmou que, diante das dificuldades da vida e da fé, Jesus os colocou de volta nos braços do Pai
Da redação com Vatican News
O primeiro compromisso do Papa Francisco na sua chegada à cidade de L’Aquila neste domingo, 28 , foi uma saudação aos familiares das vítimas do terremoto de 2009. O encontro foi realizado no patamar da Catedral da cidade, logo após uma visita privada no interior da mesma. O Papa iniciou com as seguintes palavras: “Quero expressar minha solidariedade a suas famílias e a toda a sua comunidade, que enfrentou com grande dignidade as consequências desse trágico acontecimento”.
O Pontífice agradeceu o testemunho de fé da população, afirmando que mesmo na dor e complexidades que envolvem a fé cristã àquelas pessoas fixaram seus olhares em Cristo, crucificado e ressuscitado, que por seu amor resgatou da insensatez a dor e a morte.
Nos braços do Pai
Diante da cidade que ainda hoje, mesmo após mais de 10 anos de desastre, sofre as consequências do terremoto, Francisco disse: “Jesus os colocou de volta nos braços do Pai, que não deixa cair nem uma lágrima em vão, nem mesmo uma! Mas as recolhe todas no seu coração misericordioso”.
A Importância das Memórias
Em seguida agradeceu a construção da Capela da Memória afirmando: “A memória é a força de um povo, e quando essa memória é iluminada pela fé, aquele povo não permanece prisioneiro do passado, mas caminha no presente, rumo ao futuro, permanecendo sempre apegado às suas raízes e valorizando as experiências passadas, boas e ruins”.
O Papa acrescentou que no serviço de reconstrução, as igrejas merecem atenção especial. “Elas são patrimônio da comunidade, não apenas no sentido histórico e cultural, mas também no sentido identitário.
“Essas pedras estão impregnadas de fé e de valores do povo; e os templos também são lugares propulsores de sua vida, de sua esperança”, disse.
Por fim agradeceu a presença da delegação dos cárceres da região de Abruços com as seguintes palavras:
“Vejo em vocês um sinal de esperança, porque nas prisões há muitas, demasiadas vítimas. Hoje, aqui, vocês são um sinal de esperança na reconstrução humana e social”.