O Dia mundial do Enfermo, foi celebrado, ontem, 11, no Vaticano, com a recitação do Santo Terço, conduzido pelo Arcipreste da Basílica de São Pedro, Cardeal Angelo Comastri, e com a Missa presidida pelo Cardeal Javier Lozano Barragán, presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde.
Após as cerimônias, Bento XVI desceu à Basílica de São Pedro para cumprimentar e abençoar os presentes. Após declarar como é "sempre emocionante reviver nesta circunstância" o típico clima de oração e de espiritualidade mariana, característico do Santuário de Lourdes, o Papa disse que "este dia nos convida a fazer com que os doentes sintam, com mais intensidade, a proximidade espiritual da Igreja".
"Este dia nos oferece também a oportunidade de refletir sobre a experiência da doença, da dor e, mais em geral, sobre o sentido da vida, a se realizar plenamente mesmo quando se sofre”, acrescentou.
Evocando o tema deste ano do Dia do Enfermo, Bento XVI lembrou as crianças, "as mais indefesas e frágeis das criaturas". "É verdade! Se já ficamos sem palavras perante um adulto que sofre, que dizer quando o mal atinge um pequenino inocente? Como perceber mesmo nessas situações tão difíceis o amor misericordioso de Deus, que nunca abandona os seus filhos na provação?", questionou.
O Papa reconheceu que, no plano humano, estas interrogações "inquietantes" não encontram respostas apropriadas, pois "o sofrimento, a doença e a morte permanecem, no seu significado, insondáveis para a nossa mente". É aqui que "vem em nossa ajuda a luz da fé".
“A Palavra de Deus revela-nos que também estes males são misteriosamente abraçados pelo desígnio divino da salvação. A fé nos ajuda a considerar a vida bela e digna de ser vivida em plenitude, mesmo quando é atingida pelo mal", indicou.
Segundo Bento XVI, "para nós, cristãos, é em Cristo que se encontra a resposta ao enigma do sofrimento e da morte".
O Santo Padre pediu também uma maior respeito pela vida, até o seu fim natural, assinalando que "a vida do homem não é um bem disponível, mas um precioso tesouro a defender e a cuidar com toda a atenção possível, do momento do seu início até ao seu fim último e natural".
"A vida é um mistério que por si mesmo requer responsabilidade, amor, paciência, caridade, da parte de todos e de cada um. Mais ainda, é preciso rodear de desvelo e respeito quem se encontra doente e no sofrimento", indicou.
O Papa concluiu com uma referência à escolha, por João Paulo II, desta data de 11 de Fevereiro, memória de Nossa Senhora de Lourdes, para a celebração do Dia Mundial do Enfermo. Em Lourdes, disse, Maria "veio nos recordar que nesta terra estamos só de passagem e que a verdadeira e definitiva morada do homem é o Céu".
Na parte da manhã desta quarta, durante a audiência geral, o Papa recordou esta celebração, saudando "de modo particular todos os doentes e os que sofrem, além dos que cuidam deles".
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