Nota

Vencer o medo da pandemia com a fé, pedem médicos católicos argentinos

Consórcio dos médicos católicos de Buenos Aires alerta em nota: estar mergulhado no medo traz à tona o pior de nós

Da redação, com Vatican News

Qual é a saída do medo paralisante suscitado pela pandemia de coronavírus? Uma resposta vem do Consórcio dos médicos católicos de Buenos Aires: é “a graça da fé, a força de pertencer à Igreja de Cristo e aos seus ensinamentos”. Em uma nota assinada pela vice-presidente da entidade, Elena Rita Passo, é destacado de fato que o medo está na negação da própria fragilidade e em um contexto de doença, dor e sofrimento:

“Os cristãos sabem que devem deixar-se habitar por Deus para poder carregar a própria cruz”; “[A pandemia representa] um desafio do qual sairemos vitoriosos com a profunda convicção de que Deus nos ama e sempre cuida de nossa fragilidade”.

Os médicos católicos expressam depois sua gratidão a todos – médicos, enfermeiros, pessoal da limpeza, voluntários – que na crise atual demonstraram sua disponibilidade em cuidar dos doentes, dando ao medo uma resposta que os aproxima à santidade. Ao mesmo tempo, o Consórcio lança um forte “J’accuse” contra potências mundiais que, na emergência de saúde, deram prioridade “à economia e ao poder”, “desvalorizando a pessoa humana e seus direitos fundamentais”.

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“O acesso a uma adequada assistência sanitária é, de fato, na maior parte dos países, condicionado pelo poder aquisitivo individual. E esse é um problema extremamente grave que coloca a humanidade em risco”, lê-se na nota. Também porque, assim fazendo, se transfere o medo de contágio “para um culpado que é o outro, geralmente percebido como alguém diferente”. “São acusados os médicos, as enfermeiras, o pessoal de saúde ​​porque, ao cuidar dos pacientes, podem nos infectar – explicam os médicos católicos. Acusa-se aquele vizinho porque veio de outro país, acusa-se a pessoa de outro grupo étnico ou de outra cultura, porque se pensa: podem contagiar-se”.

Todas essas acusações, afirmam os médicos, são na realidade o grito de “uma sociedade moralmente doente que não tem medo de discriminar o outro”. “Não há escravidão pior do que estar mergulhado no medo, porque traz à tona o pior de nós”. Neste sentido, é exortado: confie-se à fé e liberte-se do medo, consciente de que “a Verdade nos libertará”.

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