Os dois países europeus começam a registrar menos vítimas da pandemia causada pelo coronavírus
Da redação, com Reuters
A Espanha relatou mais mortes causadas pelo novo coronavírus, nesta sexta-feira, 3, mas a quantidade de pessoas que sucumbiu de quinta-feira, 2, para sexta foi menor do que a do dia anterior. Já, na Itália, o número de mortos pelo surto de coronavírus aumentou em 766 para 14.681 óbitos, informou a Agência de Proteção Civil do país, um crescimento pouco acima das 760 fatalidades registradas no dia anterior.
O número de novos casos na Itália teve leve queda, com 4.585 infecções, ante 4.668 anteriormente, elevando o número total de infecções desde o surgimento do surto, em 21 de fevereiro, para 119.827. Esta sexta-feira, 3, foi o quinto dia consecutivo em que o número de novos casos permaneceu num intervalo entre 4.050 e 4.782, confirmando as esperanças do governo de que a epidemia atingiu seu pico, antes de um esperado declínio no futuro próximo.
A Itália atingiu um pico diário de 6.557 novos casos em 21 de março. O número diário de mortos esteve entre 727 e 766 nos últimos três dias, abaixo dos 837 de terça-feira e do pico de 919 na sexta-feira da semana passada.
Ampliando o maior número de mortos da doença depois da vizinha europeia Itália, 932 pessoas morreram em 24 horas na Espanha, o que elevou o total a 10.935, informou o Ministério da Saúde.
Foi a primeira vez em mais de uma semana que a cifra diminuiu em relação ao dia anterior.
Na quinta-feira, 2, 950 novas mortes foram computadas.
Mais casos novos também foram registrados, mas o índice de infecções recuou. Com 117.710 casos, a Espanha agora só tem menos infectados do que os Estados Unidos, que têm uma população sete vezes maior.
Rigorosidade
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, impôs um dos isolamentos mais rigorosos da Europa, só permitindo que empregados de setores essenciais saiam para trabalhar. Bares, restaurantes e lojas estão fechados.
Os espanhóis estão confinados desde 14 de março, e o ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, disse na noite de quinta-feira que Sánchez decidirá nos próximos dias se prolongará o prazo.
A região ao redor da capital Madri teve mais infecções e mortes do que qualquer outra do país — mais de 4.400 pessoas já morreram, mostraram dados nesta sexta-feira, 3.
A Itália registrou mais mortes do que em qualquer outro lugar do mundo e responde por mais de um quarto de todas as mortes globais pelo vírus.
Na região da Lombardia, epicentro do surto, o número de mortes diárias foi um pouco menor do que no dia anterior, chegando a 351, contra 367 na quinta-feira, mas novas infecções aumentaram para 1.455, contra 1.292.