Lançado abaixo-assinado

Países pedem libertação de grávida cristã condenada à morte

Meriam Yeilah Ibrahim tem 27 anos, é médica, está grávida de oito meses e presa no Sudão com o filho de dois anos

Da Redação, com Conferência Episcopal Italiana

Italianos rezam por libertação de sudanesa / Foto: Site Avvenire

Teve início, na Itália, um abaixo-assinado para pedir a libertação da sudanesa cristã que está presa e foi condenada à morte por apostasia e blasfêmia. Milhares de pessoas se reuniram, na noite desta quinta-feira, 15, diante do Coliseu, para pedir a libertação da jovem. A manifestação também acontece na Inglaterra, nos Estados Unidos da América, no Canadá e na Holanda.

Meriam Yeilah Ibrahim tem 27 anos, é médica, está grávida de oito meses e presa com o filho de dois anos. Ela foi condenada pelo Corte de Khartum por adultério, porque, segundo a Sharia, lei religiosa islâmica,  o seu casamento com um homem cristão é considerado inválido. Além disso, a jovem foi condenada por apostasia e blasfêmia por ter se tornado cristã.

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.: Grávida cristã é condenada à morte no Sudão

Segundo informações de agências internacionais, no último dia 11, o juiz pediu-lhe para renunciar à fé cristã, a fim de evitar a pena de morte.  “Demos três dias para desistir, mas você insiste em não querer voltar ao Islamismo e será condenada à morte por enforcamento”, declarou o juiz Abbas Mohammed Al-Khalifa

Os advogados de defesa de Meriam fizeram um apelo às Embaixadas Ocidentais para que ajudem no caso. “Pedimos ao Governo do Sudão que respeite o direito à liberdade religiosa, incluindo o direito de cada um em escolher a própria fé e as próprias crenças, um direito internacionalmente  garantido e também descrito pela própria constituição sudanesa em 2005”, declara comunicado das Embaixadas.

Mobilização internacional por grávida cristã condemada à morte

Meriam Yeilah Ibrahim foi condenada à forca / Foto: Site Avvenire

As assinaturas estão sendo recolhidas pela ONG  “Italians for Darfur”, que enviará ao presidente do Sudão,  Omar al-Bashir, junto ao pedido de libertação. A Conferência Episcopal Italiana, por meio de seu site de notícias, apoia a campanha recolhendo assinaturas. Para participar, é necessário acessar diretamente o site ou enviar pelo e-mail meriamdevevivere@avvenire.it.

Foi lançada também uma Campanha, no Twitter, com a hastag #meriamdevevivere (meriamdeveviver), com o objetivo de movimentar um grande número de participantes.

Filha de pai muçulmano, Meriam foi educada na fé cristã ortodoxa pela mãe. A jovem médica casou-se com o cristão  Daniel Wani, residente no Sudão do Sul.  Porém, segundo a Sharia, o casamento entre um cristão e um muçulmano é considerado ilegal. Segundo a lei islâmica, uma mulher que se casa com um homem não muçulmano é considerada adúltera, e os filhos são tidos como ilegítimos.

No caso de Meriam, o filho de 2 anos não pode ficar sob os cuidados do pai, por ser considerado fruto de adultério, nem mesmo o bebê que nascerá no próximo mês, mesmo que a mãe seja morta.

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