Crise nuclear

Operadora de usina mantém liberação de água radioativa no Japão

A operadora de uma usina nuclear japonesa danificada começou a oferecer "dinheiro de condolência" nesta terça-feira, 5, às vítimas da pior crise nuclear desde Chernobyl enquanto continua a despejar água radioativa no mar.

Em desespero, engenheiros na usina de Fukushima Daiichi adotaram paliativos para conter o fluxo de água contaminada. Nesta terça-feira eles utilizaram "vidro líquido" na esperança de fechar rachaduras em um poço de concreto com vazamento.

"Tentamos derramar serragem, papel de jornal e misturas de concreto na lateral do poço (que conduz aos túneis do lado de fora do reator 2), mas a mistura não parece estar penetrando as rachaduras", disse Hidehiko Nishiyama, vice diretor-geral da Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão. (NISA na sigla em inglês).

"Tampouco sabemos ainda como a água altamente contaminada está vazando do reator 2", declarou Nishiyama.

Os trabalhadores lutam para religar as bombas de resfriamento – que reciclam a água – nos quatro reatores danificados pelo terremoto de magnitude 9,0 seguido por tsunami que atingiram o Japão no mês passado.

Seu problema é que, até que o reparo seja feito, eles precisam bombear água de fora para evitar superaquecimento e derretimento. O processo gera mais água contaminada, que precisa ser bombeada e armazenada em outro lugar ou liberada no mar.

Há um total de 60 mil toneladas de água altamente contaminada acumulada na usina, já que os trabalhadores despejaram água do mar freneticamente quando as hastes de combustível sofreram um derretimento parcial após o impacto do tsunami de 11 de março.

Na segunda-feira a Tokyo Electric Power Co (TEPCO) foi forçada a começar a liberar 11.500 toneladas de água do mar com baixa radioatividade depois de esgotar sua capacidade de armazenamento de água mais contaminada. A liberação continuará até sexta-feira.

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