Em entrevista coletiva, diretor-geral da OMS destacou preocupação com a situação atual do Coronavírus
Da redação, com Reuters
Em Genebra, na Suíça, após convocar uma entrevista coletiva, o chefe da OMS, Tedros Adhanom, afirmou que a atual situação do Coronavírus já pode ser considerada como uma pandemia. “Elevamos todos os níveis de segurança e de ação e o Coronavírus já pode ser considerado como uma pandemia”, afirmou.
Até o momento, a OMS confirmou 118.381 casos de Coronavírus em todo o planeta, 4.292 mortes em 114 territórios ou países. No Brasil, até o momento foram confirmados 37 casos pelo Ministério da Saúde ― AL (2), BA (2), MG (1), ES (1), RJ (10), SP (19), RS (2) e DF (1).
“Pandemia não é uma palavra agradável e não está sendo empregada de forma descuidada. Quando mal utilizada, pode causar medo irracional, uma aceitação injustificada de que a luta acabou, levando a um sofrimento e mortes desnecessárias”, reiterou Adhanom.
Há alguns dias, por meio de um comunicado oficial divulgado pela OMS, Adhanom já havia expressado preocupação e pedia que as autoridades não se entregassem à doença. “Todos os países devem estar em alerta para impedir o avanço desta doença, não importa se já tenham registrado casos, se foram casos esporádicos ou transmissão comunitária. Deixemos a esperança ser o antídoto contra o medo. Que nossa humanidade compartilhada seja o antídoto para nossa ameaça compartilhada”, acrescentou.
Primeiro caso na Bélgica
A Bélgica, que até então não havia entrado para as estatísticas de infecção pelo Coronavírus, registrou a primeira morte por conta da doença. Trata-se de uma senhora de 90 anos que já apresentava problemas respiratórios ― que acabaram se agravando quando foi infectada pelo Coronavírus. “A paciente tinha problemas pulmonares muito graves, o que nos levou a acreditar que esse paciente poderia estar em risco de ser infectado pelo coronavírus. E então tudo começou. Foram feitas verificações e fomos informados de que o teste havia sido positivo [para a doença], infelizmente após a morte dela”, disse Herve Deladriere, médico-chefe do hospital Iris Sud, em Bruxelas.
As autoridades belgas temem que a doença se espalhe pelo país por meio dos navios que chegam ao país. “É normal que neste estado de alerta tomemos várias precauções para identificarmos o risco. Sabemos que os cruzeiros estão entre os lugares onde o vírus pode se expandir. E é totalmente normal que haja alguma conscientização e verificações em torno deles”, disse Emmanuel Andre, porta-voz oficial do governo.