Taxa de natalidade é baixa na Europa; na Itália, em 2015, nasceram oito bebês para cada mil habitantes, menor índice já registrado
Da Redação, com Ansa Brasil
O ano de 2015 registrou o menor número de nascimentos na Itália desde a sua unificação, em 1861. Cerca de 488 mil bebês nasceram no ano passado no país, ou seja, oito em cada mil habitantes. Os dados foram informados nesta sexta-feira, 19, pelo Instituto Italiano de Estatísticas (Istat).
No ano anterior, 2014 – quando o número foi maior em cerca de 15 mil nascimentos -, a marca já havia batido recorde negativo. Além disso, ao longo de 2015, morreram 653 mil pessoas no país, 54 mil a mais que no ano anterior. A taxa de mortalidade, de 10,7 para cada mil habitantes, é a mais alta desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
A maior parte das mortes está concentrada na faixa etária entre 75 e 95 anos e a principal causa está ligada ao envelhecimento. Além disso, em 2015, 139 mil pessoas deixaram o país. Até janeiro de 2016, a população total da Itália era de 60,6 milhões de pessoas. Imigrantes registrados somam 8,35% da população, cerca de 5,4 milhões.
A baixa taxa de natalidade na Europa como um todo é uma das preocupações do Papa Francisco, que já abordou o assunto em diversas ocasiões. Em uma de suas catequeses sobre família, em fevereiro de 2015, ele citou a realidade da Europa, onde a taxa de nascimento não chega a 1%. “A vida rejuvenesce e conquista energia multiplicando-se”, disse Francisco.