Saúde do Homem

Novembro Azul: Câncer de Próstata é o que mais atinge os homens brasileiros

Campanha Novembro Azul foi criada na Austrália, em 2003

Denise Claro
Da redação

Cartaz da Campanha Novembro Azul deste ano, produzido pelo Instituto Lado a Lado pela Vida./ Foto: Divulgação

No mês de novembro, o mundo inteiro celebra a Campanha Novembro Azul. Depois do Outubro Rosa, que visa a conscientização das mulheres sobre sua saúde, o Novembro Azul busca chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças que atingem a população masculina, especialmente em relação ao câncer de próstata.

O movimento teve origem em 2003, na Austrália e se espalhou por todo o mundo. No Brasil, a Campanha teve início em 2008, promovida pelo Instituto Lado a Lado pela Vida. Ao longo dos anos, mais pessoas e organizações se uniram à Campanha. Neste ano, o Novembro Azul tem o tema “A vida não é um jogo”.

O Ministério da Saúde, juntamente com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) busca orientar a população por meio de cartilhas, e investe na capacitação de profissionais de atenção básica para que esclareçam os homens sobre os sintomas da doença, além de implementar estratégias educacionais, comunicação, divulgação e instauração de políticas nacionais voltadas à saúde do homem.

Dados do Câncer de Próstata no Brasil

O câncer de próstata é o tipo mais comum entre os homens brasileiros, atrás apenas do câncer de pele. De acordo com estudo atualizado do INCA, são estimados para o Brasil mais de 68 mil novos casos de câncer de próstata a cada ano. Os valores correspondem a um risco estimado de 66,12 casos novos a cada 100 mil homens.

Ainda segundo o estudo, sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata é o mais incidente entre os homens em todas as Regiões do país, com 96,85/100 mil na Região Sul, 69,83/100 mil Região na Sudeste, 66,75/100 mil na Região Centro-Oeste, 56,17/100 mil na Região Nordeste e 29,41/100 mil na Região Norte.

Diagnóstico e Tratamento

Falta de informação, vergonha e preconceito atrapalham e são algumas das razões que levam o público masculino a não buscar procedimentos simples e rápidos, que são fundamentais para identificar a doença em estágio inicial.

Dr. Bruno Karam, médico urologista./ Foto: Arquivo Pessoal

O médico urologista Dr. Bruno Karam lembra que, por ser uma doença que não tem muitos sintomas no início, a Associação Brasileira de Urologia orienta que se faça um rastreio anual da doença prostática a partir dos 50 anos de idade. Porém, se o paciente tiver fatores de risco, deve ser feito antes:

“Há fatores de risco como casos de câncer de próstata em parentes próximos, ou o fato do paciente ser de raça negra, em que a doença é mais incidente. Nesses casos, o rastreio deve ser feito a partir dos 45 anos, anualmente, até os 75 anos de idade. No rastreio se faz o PSA, que é um exame de sangue, e o toque retal. Se algum desses estiver alterado, é indicada a biópsia de próstata para confirmar o diagnóstico.”

O tratamento para quem identifica precocemente o câncer de próstata chega a índice de cura de até 90%.

“Após o diagnóstico, o tratamento pode ser feito através da cirurgia de retirada da próstata ou da radioterapia, para quem tem risco cirúrgico muito elevado.”, explica Dr. Karam.

O especialista ressalta que cuidar da saúde de um modo geral também é importante, e diminui as chances do homem desenvolver o câncer de próstata. É importante buscar uma dieta pobre em gordura, fazer exercício físico, evitando a obesidade.

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