Paz é o tema central das tradicionais reflexões do padre Raniero Cantalamessa ao Papa e à Cúria Romana nesse tempo do Advento
Da Redação, com Rádio Vaticano
As tradicionais pregações de Advento da qual participam o Papa e a Cúria Romana começam nesta sexta-feira, 5. Conduzidas pelo pregador da Casa Pontifícia, frei Raniero Cantalamessa, as reflexões desse ano têm como tema central a paz e acontecem na Capela Redemptores Mater, no Vaticano.
Nas três sextas-feiras que precedem o Natal, as meditações ajudarão a refletir sobre a paz como dom de Deus em Jesus Cristo, como tarefa pela qual trabalhar e como fruto do Espírito. O sacerdote capuchinho denominou este ciclo de pregações como “Paz na terra aos homens que Deus ama”.
“Expliquemos o título: é o anúncio dos pastores na Noite de Natal e como resulta também do anúncio natalício, a paz é antes de tudo algo que desce do Céu, é um dom de Deus, é o fio do alto que rege toda a trama da paz humana, sem a qual as pazes humanas são sempre frágeis. Certamente, porém, este dom de Deus torna-se também dever e tarefa a ser trabalhada. E, de fato, na segunda pregação penso justamente em falar da paz como dever”, explicou.
Os textos que fundamentam as reflexões são retirados da Sagrada Escritura, rica em referências à paz. Frei Raniero também vai utilizar textos do Papa Francisco na Evangelii gaudium, sua primeira exortação apostólica. “Sinto ter que obrigá-lo a ouvir aquilo que ele já sabe muito bem, que ele mesmo escreveu, mas acredito que faça bem a nós ouvir algumas palavras desta Carta”.
Como forma de construir a paz, frei Cantalamessa indica o diálogo, caminho tão enfatizado pelo Papa Francisco. “O diálogo é a única alternativa às armas”, disse, citando também a necessidade de oração e compreensão.
O pregador da Casa Pontifícia destaca que todos podem contribuir para a paz. Para iver bem o Advento, ele indica as palavras do própri Jesus sobre a paz. “A palavra melhor é aquela que Jesus nos deixou: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não a dou como o mundo a dá, eu a dou a vós”. Na noite de Páscoa era quase respirável, palpável a paz dada por Jesus”.