Prática comum com a chegada do Ano Novo, autoavaliação e criação de metas para o próximo ano podem trazer benefícios, mas precisam de atenção
Gabriel Fontana
Da Redação
Com a aproximação do Ano Novo, muita gente começa a refletir sobre o ano que se passou. Entre os pensamentos comuns dessa época, uma avaliação se tudo aquilo que foi planejado na última virada foi, de fato, realizado, além da criação de novas metas para o novo tempo que se iniciará quando o relógio marcar a meia-noite de 1º de janeiro.
O estudante universitário Jonas Valdez, por exemplo, define que 2023 foi, para ele, um ano de readaptação. Morando em Juiz de Fora (MG) para cursar Economia, ele está longe da família, da namorada e dos amigos. Além disso, com o início do estágio, precisou mudar a rotina de estudos. Contudo, mesmo tendo sido um ano desafiador, o jovem considera que o saldo foi positivo.
“As dificuldades sempre vão existir, a cada ano. No entanto, olhando para o início do ano, consigo ver nitidamente meu crescimento como pessoa, bem como a ação da Divina Providência em cada uma das áreas nas quais precisei me readaptar”, reconhece Jonas.
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O futuro economista indica ainda que este exercício de “olhar para trás” ajuda a compreender quais foram os pontos em que houve crescimento, bem como os aspectos que ainda podem ser desenvolvidos. “Espero que o ano de 2024 seja um ano de crescimento ainda maior do que esse que passou, aperfeiçoando pontos da minha vida em que percebi que ainda preciso melhorar”, expressa.
Arrumar a “casa interior”
A psicóloga Thaís Stussi reconhece os benefícios desta prática, citando que, em meio à arrumação da casa para as festas de fim de ano, é preciso organizar também a “casa interior”. “Assim como toda empresa, precisamos fazer uma avaliação dos pontos positivos e negativos do nosso coração e da nossa mente”, afirma.
Ela cita que a chegada do ano novo tem um peso maior para esta reflexão por se tratar de uma marca que sinaliza o início de um tempo novo. Além disso, “dar check” em tudo que foi cumprido gera um estímulo positivo, que contribui com o bem-estar. Entretanto, sinaliza a necessidade de rever, constantemente, as metas que cada um estabelece para si próprio, a fim de averiguar se elas ainda fazem sentido em meio à realidade em que o indivíduo está inserido.
Thaís recomenda que, ao estabelecer objetivos, eles sejam realizáveis e pequenos, para evitar frustrações e consequências negativas. Neste contexto, para quem não conseguiu cumprir as metas que se propôs a alcançar, é necessário trabalhar o autoacolhimento, ao mesmo tempo que se autoavalia de forma honesta, evitando se sabotar.
“Somos pessoas em constante transformação”, recorda a psicóloga, ressaltando que, se necessário, a pessoa que enfrenta problemas deve reconhecer-se como ser humano e procurar por ajuda. Afinal, este tipo de reflexão deve proporcionar clareza mental e desenvolvimento, trazendo novas virtudes como a disciplina, a constância e a perseverança.
Confiança em Deus
Em São Gonçalo (RJ), o consultor pedagógico Filipe Fialho conta que, infelizmente, nem tudo que foi planejado por ele para 2023 foi alcançado, mas, ao mesmo tempo, ele conseguiu realizar muitas coisas. “O mais importante é termos saúde e fé para não desistir, pois um próximo ano se aproxima com novas oportunidades”, comenta.
Para definir o ano que passou, Filipe usa a palavra “esperança”. Isso porque, justifica, buscou fazer sua parte enquanto confiava em Deus para que o melhor acontecesse. “Podemos fazer os nossos planos, eles são importantes para termos um ideal, porém, temos que lembrar de entregar esses planos à sabedoria divina, pois Jesus permitirá o que for o melhor para nós”, conclui o consultor.