O governo interino de Honduras aceitou um acordo que abre as portas para o retorno ao poder do presidente deposto Manuel Zelaya, quatro meses após ele ter deixado o cargo.
O acordo, fechado na noite de quinta-feira, 29 (madrugada de sexta-feira no Brasil), aconteceu após reuniões das partes com autoridades norte-americanas que viajaram esta semana para Tegucigalpa, capital do país, com o objetivo de pressionar pelo fim da crise.
"Esse é um triunfo da democracia hondurenha", disse Zelaya após os dois lados terem chegado a um acordo que, segundo ele, o levará de volta ao poder nos próximos dias.
O Congresso ainda precisa aprovar seu retorno, mas Zelaya disse que não esperava novos problemas. "Esse é um primeiro passo. Meu retorno é iminente, estou otimista", declarou Zelaya .
Zelaya foi retirado do poder e mandado para o exílio no dia 28 de junho, mas conseguiu voltar escondido ao país no mês passado, quando buscou abrigo na embaixada do Brasil.
O líder de fato Roberto Micheletti, que se mostrava irredutível sobre o retorno de Zelaya ao poder, amenizou sua posição após a mediação norte-americana. "Autorizei minha equipe de negociação a assinar um acordo que marca o começo do fim dessa situação política no país", disse Micheletti.
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