Bote com 41 pessoas, que saiu da Tunísia em direção à Europa, afundou e apenas quatro pessoas sobreviveram, de acordo com a guarda costeira
Da redação, com Reuters
As operações de resgate de migrantes continuaram no Mediterrâneo, com relatos de que 41 pessoas morreram em um naufrágio. Estimativas oficiais apontam que mais de 1800 pessoas já perderam suas vidas este ano atravessando a África do Norte em direção à Europa.
O grupo de resgate Médicos Sem Fronteiras divulgou nesta segunda-feira, 7, um vídeo de uma de suas embarcações indo em socorro de um barco carregado com migrantes.
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A agência de notícias Ansa reportou a morte dos 41 migrantes nesta quarta-feira, 9, citando relatos de sobreviventes que acabaram de chegar à ilha italiana de Lampedusa. A Ansa disse ainda que quatro pessoas que sobreviveram ao naufrágio — segundo os sobreviventes, elas estavam em um barco com 45 pessoas, incluindo três crianças.
O barco partiu na manhã de quinta-feira, 3, de Sfax, na Tunísia, um ponto crítico da crise migratória, mas virou e afundou depois de algumas horas, disseram os sobreviventes.
A Itália registrou cerca de 93.700 no mar este ano, de acordo com dados do Ministério do Interior atualizados pela última vez na segunda-feira, em comparação com 44.700 no mesmo período de 2022.
As preces do Papa para Lampedusa
Há dez anos, em 8 de julho de 2013, o Papa Francisco visitou a pequena ilha siciliana de Lampedusa para falar sobre o que descreveu como “imigrantes morrendo no mar, em barcos que eram veículos de esperança e se tornaram veículos de morte”.
O Santo Padre falou da indiferença, perguntando se alguém “chorou em nosso mundo” quando a notícia da morte dessas pessoas desconhecidas — porque são pessoas — chegou até nós. Enquanto as pessoas continuam perdendo suas vidas no mar, o Sucessor de Pedro continuará em sua missão a fim de sensibilizar as pessoas e instituições que tantas vezes preferem olhar para o outro lado.