Egito e Síria

Mudanças políticas são incertas para cristãos no Oriente Médio

Os cristãos temem as consequências das transformações políticas que conduziram à deposição do antigo presidente do Egito, Hosni Mubarak, e as que pretendem o fim do regime sírio encabeçado por Bashar al-Assad.

As revoluções foram vistas ao início com “grande esperança”, sobretudo no Egito, mas o curso dos acontecimentos desperta inquietações nas comunidades cristãs, minoritárias na região, referiu o responsável católico pela Custódia da Terra Santa, padre Pierbattista Pizzaballa, em declarações à Rádio Vaticano.

“No Egito há muito medo, muita incerteza, porque se viu que após uma fase de euforia, onde havia comunhão de objetivos, parece que as partes mais integralistas prevalecem em detrimento da minoria cristã”, o que provoca “grande medo”, afirmou.

Na Síria, onde os cristãos “tiveram e ainda têm um tratamento de grande respeito”, a ansiedade é semelhante porque a ideologia dos movimentos rebeldes preocupa as comunidades cristãs.

Numa região em que as experiências de entendimento entre cristãos e muçulmanos coabitam com “integralismo”, “divisões” e “perseguições”, o sacerdote franciscano assinala que “o testemunho da fé” é “a única coisa” que os cristãos podem fazer.

A transmissão do cristianismo “vai para além das línguas, das culturas, das religiões”, e se for “feita com honestidade e profunda convicção” chega a qualquer pessoa, acredita o padre Pierbattista Pizzaballa.

O responsável é um dos oradores do 32.º Encontro para a Amizade entre os Povos que decorre até sábado na cidade italiana de Rimini, promovido pelo movimento católico "Comunhão e Libertação".

A Custódia da Terra Santa é uma estrutura composta por religiosos franciscanos que preserva os espaços frequentados por Jesus Cristo, acolhe os peregrinos, organiza celebrações litúrgicas e promove atividades sociais nas comunidades cristãs locais.

          

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