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Mortalidade infantil alcança baixa recorde, diz Unicef

A taxa de mortalidade entre crianças com menos de cinco anos caiu em todo o mundo graças a medidas de saúde pública, segundo dados publicados nesta quinta-feira pelo Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância e Adolescência.

Mas ainda assim, quase 10 milhões de crianças morreram em 2006 antes de completar cinco anos de idade. A taxa era de 13 milhões em 1990 e em 2006 caiu para 9,7 milhões, o número mais baixo desde que o cálculo começou a ser feito.

Segundo o relatório do Unicef, o aumento da vacinação de crianças, do uso de redes de proteção contra mosquitos da malária e da amamentação de recém-nascidos são algumas das razões que contribuíram para a queda.

A redução de mortes é visível, principalmente, no Marrocos, Vietnã e República Dominicana, onde o número diminuiu em um terço. Na China, o número caiu de 45 mortes a cada 1.000 crianças, em 1990, para 24 em 2006, e na Índia a queda foi de 115 para 76.

A Ásia era a região com a maior taxa de mortalidade infantil, mas agora a África sub-saariana responde por 50% das mortes. Ainda assim, na mesma região, o número de mortes causadas por sarampo caiu 75% graças ao aumento da área coberta por campanhas de vacinação.

Na América Latina e no Caribe, o ritmo acentuado da queda no índice levou o Unicef a estimar que a região poderá reduzir a mortalidade infantil em dois terços até 2015 – e cumprir uma das chamadas Metas de Desenvolvimento do Milênio. A região registrou uma média de 27 mortes para cada 1000 nascimentos em 2006, comparados com 55 em 2005.

Dúvidas

"Este é um momento histórico", disse a diretora-executiva do Unicef, Ann Veneman. "Mais crianças estão sobrevivendo hoje do que jamais visto. Agora precisamos progredir em cima deste sucesso de saúde pública e pressionar para cumprir as Metas do Milênio."

Quase cinco milhões de crianças com menos de cinco anos de idade morreram na África sub-saariana em 2006, e quase três milhões morreram na Ásia.

O vírus HIV e a Aids continuam a causar a morte de crianças na África, contrabalançando os efeitos de melhores remédios para outras doenças infantis.

Segundo o relatório, a maioria das mortes são evitáveis. São necessários, no entanto, melhores serviços locais de saúde, dizem os autores.

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