Na Alemanha

Missa abre Jubileu pelo Centenário de Schoenstatt

Na Alemanha, peregrinos de todo o mundo participaram da Missa de abertura do Centenário do Movimento de Schoenstatt

Kelen Galvan
Da redação

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Fiéis lotam “Arena dos Peregrinos” para a Missa de abertura do Centenário. O local é uma extensão do Santuário de Schoenstatt, onde acontecerão as cerimônias centrais / Foto: Angela Cabel

“Caríssimos irmãos e irmãs de Schoenstatt, peço-vos que compreendais a peregrinação ao vosso Santuário Original como um chamamento renovado à santidade”. Essa foi a exortação de Dom Stefan Ackermann, Bispo de Tréveris, na homilia desta quinta feira, 16, na Missa de Abertura do Centenário de Schoenstatt, na Alemanha.

Logo no início de sua reflexão, Dom Stefan se disse profundamento tocado pela celebração de boas vindas, antes da Missa começar, na qual falou-se muitas vezes do “voltar ao lar de Schoenstatt”. “Sinto gratidão e alegria e também um certo orgulho, sendo Bispo da Diocese, na qual se encontra Schoenstatt e na qual teve início o Movimento de Schoenstatt difundido no mundo inteiro. Por isso, também eu, de todo o coração, vos dou as boas-vindas”, destacou.

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O bispo afirmou que faz parte do “âmago” de todo jubileu recordar com gratidão as origens, para, a partir deste início, olhar novamente para o presente e o futuro.

Diante disso, refletiu sobre a importância da antiga Capelinha de São Miguel, designada pelo movimento de Schoenstatt como o “Santuário Original”, onde tudo começou.

Dom Stefan enfatizou que, no sentido original, a palavra “santuário” designa um local inteiramente consagrado a Deus, e por isso, “retirado” do mundo. “Não podem mais ser usados como locais onde se produz algo, onde se compra e vende, onde as pessoas se reúnem a não ser para louvar a Deus… Isto faz a sua especial dignidade e santidade. Esta é uma convicção comum a todas as religiões”, explicou.

Contudo, a primeira leitura da Missa de hoje, tirado do livro do profeta Ezequial, coloca um outro acento nessa compreensão, afirma o bispo. Na citação, o Templo, o Santuário de Israel, não é o fim de todo o movimento, mas o ponto de partida, a fonte da qual jorra a água que cura tudo o que vive. “É precisamente este o movimento de que, mais tarde, Jesus incumbirá os seus discípulos”.

Chegada de um grupo de brasileiros para a celebração da Missa / Foto: Angela Cabel

Chegada de um grupo de brasileiros para a celebração da Missa / Foto: Angela Cabel

“Caríssimos irmãos e irmãs, se por ocasião do vosso Jubileu peregrinais até aqui, ao Santuário Original de Schoenstatt, então recebereis precisamente neste lugar a incumbência de partir para o mundo com novo entusiasmo e nova coragem, assim como Jesus no-lo disse”, ressaltou Dom Stefan.

O bispo recordou que o fundador do movimento, padre José Kentenich, compreendeu e assimilou esta incumbência, pois deu aos membros do seu movimento o programa: “’Não podemos fugir do mundo, mas mergulhar o mundo’, então isto significa não ter medo do mundo, mas colocar o Evangelho em contato com todos os âmbitos da vida. Neste mesmo sentido compreendo também o seu apelo à ‘santidade da vida cotidiana’”.

Por isso, enfatizou Dom Stefan, “os schoenstattianos não devem santificar apenas o dia que é consagrado expressamente à veneração de Deus. Não, eles devem santificar todos os dias, todas as situações da vida e todos os lugares onde se encontram”.

E motivou os presentes a permitirem, numa decisão livre e consciente, que Deus tome parte em todos os setores da vida de cada um. “Convidemo-lo para todas as situações da nossa vida: nada é tão vulgar, tão pequeno, tão difícil ou tão escuro, nada é tão impuro, tão sem perspectiva, tão corrompido ou tão fraco que não possa ser posto em contato com a força salvadora do Senhor.”

Após a homilia, representantes dos cinco continentes participaram do momento do ofertório, levando ao Altar grandes talhas com contribuições de pessoas de todo o mundo. As doações representam tudo o que os fiéis ofereceram com amor à Nossa Senhora, que no movimento de Schoenstatt se denomina como capital de graças.

No final da Santa Missa, o Representante Internacional do Movimento de Schoenstatt, padre Heinrich Walter, dedicou algumas palavras de agradecimento ao presidente da Celebração, Dom Stefan Ackermann.

Mais informações na reportagem de Ronaldo da Silva

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