País apresentou crescimento perceptível nos últimos 10 anos, segundo especialista em investimentos privados do Banco Mundial
Da redação, com Rádio Vaticano
No próximo dia 26 de novembro, o Papa Francisco partirá do Aeroporto Fiumicino rumo a Mianmar, onde permanecerá até o dia 30, quando então parte para o vizinho Bangladesh.
No país do sudeste asiático, de maioria budista, o Pontífice encontrará uma realidade complexa, marcada por contrastes e por anos de ditadura militar, e agora agravada com a crise humanitária da minoria muçulmana rohingya, obrigada a deixar o país e buscar refúgio principalmente em Bangladesh.
O país, com forte potencial agrícola e turístico, é uma economia promissora na Ásia, como destaca o especialista em investimentos privados do Banco Mundial, José Ricardo Silva. “Mianmar tem uma economia que se abriu há poucos anos e um Governo que junto à Comunidade Internacional tem tentado implementar atividades que tentam atrair investimentos, criação de emprego, desenvolvimento de infraestrutura”, sublinhou.
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“Se analisar Mianmar, o que era há dez anos, percebemos uma diferença muito grande”. Segundo o especialista, o país vem se posicionando com um potencial muito grande na Ásia, priorizando a agricultura, turismo, cultura, desenvolvendo grandes centros e projetos para as áreas rurais no setor de energia e saneamento básico.
O cuidado com a devastação florestal, um dos principais problemas na área do meio ambiente, tem gerado políticas para que a agricultura e a produção agrícola, setor atrasado tecnologicamente no país, sejam balanceados, apontou Silva.
Sobre a visita do Papa Francisco, o especialista se mostra animado e agradecido pelo interesse do Santo Padre no país, oportunidade, segundo ele, de reflexões positivas em toda a sociedade. “É muito positivo, uma mensagem muito positiva aos cristãos que vivem aqui e também uma maneira de demonstrar uma harmonia religiosa que pode haver no país”, completou.