Crise humanitária no Iraque

Mais de 65 mil iraquianos deixaram o país nos últimos meses

É o maior deslocamento vivido pelo país desde de 2008

Da Redação, com Agência da ONU para refugiados

Mais de 65 mil iraquianos deixaram o país nos últimos meses

Na ultima semana, a agência entregou 2.400 kits de assistência básica / Foto: ACNUR Iraque

A agência da ONU para refugiados, ACNUR, informou que mais de 65 mil pessoas fugiram dos recentes conflitos no Iraque, localizados nas cidades de Fallujah e Ramadi, nos últimos meses.

Desde que os combates começaram, no final do ano passado, mais de 140 mil pessoas perderam suas casas, de acordo com o Ministério de Deslocamento e Migração iraquiano.

Esse é o maior deslocamento interno no país desde a onda de violência ocorrida entre 2006 e 2008. Além disso, cerca de 1,13 milhão de pessoas já se deslocaram pelo país, em sua maioria, nas províncias de Bagdá, Diyala e Ninewa.

“A maioria dos deslocados internamente permanece fora de Fallujah, acomodados com parentes ou em escolas, mesquitas e hospitais, onde os recursos estão acabando. As famílias que os hospedam estão tendo dificuldades de cuidar destes refugiados”, afirma o porta-voz da entidade Adrian Edwards.

O porta-voz disse ainda que a Agência e seus parceiros humanitários conseguiram distribuir lonas, cobertores, esteiras de dormir, comida e itens de higiene. Na última semana, a Agência entregou 2.400 kits de assistência básica.

“Muitos dos deslocados, apesar disso, ainda estão precisando desesperadamente de comida, assistência médica e outros suprimentos. À medida que a insegurança foi aumentando, muitas famílias que fugiram há várias semanas foram deslocadas novamente”, afirma Edwards.

Segundo a ACNUR, há relatos de que as pessoas estão sem dinheiro para comida e precisam de roupas adequadas para o período chuvoso. As crianças não estão frequentando a escola, e as condições sanitárias, especialmente para as mulheres, são inadequadas.

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