Dioceses que nunca tiveram um cardeal em sua história e um bispo de 70 anos fazem parte da lista dos 15 novos cardeais que serão criados pelo Papa
Da redação, com Rádio Vaticano
O anúncio dos novos cardeais feito pelo Papa Francisco no Angelus do domingo, 4, contemplou regiões de “periferia”. Áreas que enfrentam situações de violência, como Morelia, no México, mas também dioceses que nunca tiveram um cardeal em sua história, como Tonga, Mianmar (ex-Birmânia), Santiago de Cabo Verde e Panamá.
Em declaração ao “A semana online”, jornal local, Dom Arlindo Furtado, bispo da Diocese de Santiago, uma das mais antigas da costa da África Ocidental, considera sua nomeação como um reconhecimento da Santa Sé ao crescimento da Igreja Católica em Cabo Verde.
“Acho que isto é um sinal de reconhecimento de uma história, de um trabalho e um percurso. A Igreja teve um papel importante na formatação da nossa mentalidade, cultura e forma de viver a idiossincrasia. E a Igreja teve momentos difíceis, mas soube ultrapassá-los e agora está numa fase de crescimento e de consolidação interna”, avaliou.
Já o Bispo panamenho da Diocese de David, Dom José Luis Lacunza Maestrojuán, soube da nomeação através de um telefonema de sua irmã, da Espanha. Assustado, ligou para o Núncio Apostólico, Dom Andrés Carrascosa Coso, que lhe explicou que “o Papa tem seu estilo particular de comunicar suas decisões. Desta vez usou os meios de comunicação”.
Em declarações à Rádio Panamá, ainda “não refeito do susto”, o bispo de 70 anos enfatizou que “fará todo o possível para que o gesto do Pontífice não caia num vazio”. Ele pedindo orações ao povo panamenho para “que possa corresponder ao voto de confiança do Papa Francisco. “Farei o melhor que puder”, afirmou.
A Arquidiocese de Tonga, por sua vez, terá o mais novo Cardeal do Colégio Cardinalício, Dom Soane Patita Paini Mafi, nascido em 1961. Ele é Presidente da Conferência Episcopal do Oceano Pacífico.