SANTIDADE

Leigo salesiano será canonizado

Foi aprovada a canonização de um leigo da família salesiana na Itália

Da Redação, com Vatican News

Foto: Pixabay

Na manhã deste sábado, 9 de abril, o Papa Francisco autorizou a promulgação dos decretos da Congregação para as Causas dos Santos, com o Cardeal Marcello Semeraro. Serão elevados aos altares um santo leigo e salesiano, Artemide Zatti, e dois mártires do nazismo. Foram reconhecidas também as virtudes heróicas de sete novos Veneráveis, incluindo dois bispos missionários e três leigas.

“Exemplos de caridade sem fronteiras, de um heroísmo suave que muitas vezes, mais do que qualquer outra atitude, desencadeia a ferocidade covarde do agressor armado contra agressores desarmados, como muitas das crônicas de hoje horrivelmente mostram. A história da Igreja está cheia de tais exemplos, e a Igreja está prestes a contar outros entre seus santos e beatos.”

O santo salesiano

Aprovada a canonização de Artemide Zatti, um leigo italiano de Boretto no Vale do Pó, que nasceu em 1880. Artemide fazia parte da Sociedade de São Francisco de Sales. Aos 17 anos, sua família emigrou para a Argentina, em Bahia Blanca. João Paulo II beatificou Artemide Zatti em 2002. O milagre reconhecido para a canonização é de 2016. O milagre diz respeito à cura de um filipino de Tanauan Batangas, que estava morrendo de um grave derrame isquêmico na cabeça, agravado por uma forte hemorragia. A família não tinha meios para operá-lo e levou-o para casa no dia 21 de agosto, mas no dia 24, de repente, ele retirou seu tubo gástrico nasal e oxigênio e pediu para comer. Seu irmão, também coadjutor salesiano em Roma, havia pedido a sua recuperação no mesmo dia em que tinha sido internado no hospital e começou a rezar pela intercessão do Beato Artemide Zatti.

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Sacerdotes martirizados

Os mártires e futuros beatos são Giuseppe Bernardi e Mario Ghibaudo, que eram sacerdotes, foram vítimas da Segunda Guerra Mundial. Padre Giuseppe Bernardi tentou mediar a troca de prisioneiros em um vilarejo no norte da Itália, mas foi morto pelos nazistas. E o pároco padre Mário Ghibaudo foi dar a extrema unção a um soldado alemão, mas foi visto pelos nazistas que o mataram com tiros e punhaladas. 

A coragem e a fé até derramar o sangue marcaram os exemplos desses padres, que se tornam agora beatos da Igreja. 

Novos Veneráveis

Entre os decretos da Congregação para as Causas dos Santos, assinados pelo Papa Francisco, também reconhecem as virtudes heroicas de sete Servidores de Deus, agora considerados Veneráveis pela Igreja:

O bispo espanhol Martino Fulgenzio Elorza Legaristi, nascido em 1899, da Congregação da Paixão de Jesus Cristo, construiu literalmente as almas e a casa de Deus no território peruano a ele confiado, em um contexto de pobreza e grande ignorância religiosa.

O bispo Francesco Costantino Mazzieri, dos Conventuais Menores, que também era missionário. Em 1930, sentindo-se chamado a evangelizar longe da Itália, foi enviado a Zâmbia, onde viveu por 36 anos.

Entre os nomes dos novos Veneráveis também estão fundadoras de institutos religiosos. Lucia Noiret, nascida em 1832 na França. Ela fundou a Congregação das Servas do Sagrado Coração de Jesus sob a proteção de São José.

Também a religiosa Casimira Gruszczyńska que nasceu em 1848 na Polônia, onde passou toda a sua vida até 1927. Ela fundou a Congregação das Irmãs dos Enfermos, dedicada ao cuidado dos doentes e sofredores, sujeita à Regra da Ordem Terceira Franciscana, que dirigiu durante 45 anos, embora ao mesmo tempo pertencesse à Congregação das Irmãs Mensageiras. Em 1922, Pio XI lhe concedeu a medalha “Pro Ecclesia et Pontifice”.

Santidade de leigas

A outra venerável é a espanhola Aurora Calvo Hernández-Agero, nascida em 1901. Era catequista e tentou de todas as maneiras aprofundar sua vida interior com intensidade e cuidado, consagrando-se à Virgem Maria e demonstrando uma grande paixão pelos exercícios espirituais. Com saúde precária, morreu de broncopneumonia em 1933.

Rosalia Celak nasceu em 1901 na Polônia. Em 1927, entrou nas Clarissas em Cracóvia, mas sua saúde frágil a impediu de permanecer ali. Trabalhou em um hospital até sua morte, dedicando-se aos doentes. 

A terceira leiga cujas virtudes heroicas foram reconhecidas é a italiana Maria Aristea Ceccarelli, que nasceu em 1883. Sofreu muito com sua família quando criança e foi obrigada a se casar. Mas as violências continuaram com a família do marido. Doente, foi para Roma e dedicou-se ao cuidado dos enfermos.

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