Conheça a história de um menino que quebra preconceitos com talento e dedicação ao tênis de mesa. É o CN Esportes.
Reportagem de Alan Toledo e Genilson Pacetti
Os dias do Matheus têm sido assim. A rotina na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Cruzeiro ganhou sorrisos e até carreata. O atleta brilhou na competição de tênis de mesa promovida pela Fé Paz, realizada em Votuporanga, no interior de São Paulo.
“A APAE tem essa preocupação em trabalhar as habilidades dos nossos atendidos e cada um tem a sua habilidade diferenciada. E assim é com o Matheus. É muito orgulho para nós ver o Matheus ter se dado tão bem com o esporte, principalmente com o tênis de mesa, que hoje a gente já tem um projeto para que ele passe o aprendizado dele para os amigos aqui dentro da instituição”, contou a diretora técnica da APAE, Valéria Augusta Ferreira.
O pai, ex-jogador de basquete, companheiro e motivador, enxerga no esporte um futuro sem adversidades. “Não tem tamanho, para se dizer alegria nossa. O apoio que a APAE dá no sentido dele crescer como indivíduo, como pessoa, de saber se relacionar, saber ajudar os que precisam, que ele não é tão comprometido, ele acaba auxiliando os alunos. Isso tudo só enche a gente de orgulho”, expressou o pai, Amilson Antônio Belloto.
Mais do que uma medalha, resiliência, inclusão e inspiração, o esporte transforma a vida familiar. “Se vir medalha, nós vamos amar. Se não vim, tudo bem. Para nós, a medalha é o de menos. O que a gente vê é ele ir, ele participar, ele ficar feliz, porque a vida dele é o esporte”, afirmou a madrasta, Cleide A. da Silva Rudovas.
A rotina é intensa e nos treinos o garoto mostra o que sabe. Para ser campeão é preciso superação e determinação. “Ele se dá muito bem com todo mundo aqui. Meus alunos aqui, todo mundo gosta dele. É assim dedicado, é focado. Então só tenho a trabalhar mesmo o esporte nele”, apontou o treinador, Robson Carlos Martins.
Como vocês podem ver, fica difícil competir com o Matheus. Não à toa, ele tem ganhado cada vez mais destaque no tênis de mesa. E para continuar brilhando, ele sonha muito alto. “É ter a de ouro que eu não tenho. Tem uma de prata, uma de bronze e mais um crachá”, concluiu o atleta, Matheus Belloto.