O avião da EgyptAir caiu no mar na quarta-feira, 18, com 66 pessoas a bordo durante voo de Paris para o Cairo
Da redação, com Agência Brasil e Reuters
O Ministério das Relações Exteriores divulgou nota nesta sexta-feira, 20, informando que “o governo brasileiro tomou conhecimento, com grande pesar, do desastre com o voo MS804 da companhia EgyptAir, que vitimou 66 pessoas, em sua maioria cidadãos egípcios.”
O Itamaraty acrescenta que “o Brasil transmite aos familiares das vítimas e aos governos do Egito e dos demais países que tiveram seus nacionais entre as vítimas sua solidariedade e suas condolências.”
Destroços encontrados
A Marinha do Egito informou nesta sexta-feira, 20, que encontrou objetos pessoais de passageiros e outros destroços flutuando no mar Mediterrâneo, uma confirmação de que um avião da EgyptAir caiu no mar na quarta-feira, 18, com 66 pessoas a bordo durante voo de Paris para o Cairo.
Os militares disseram ter localizado os resquícios cerca de 209 quilômetros ao norte da cidade portuária de Alexandria e que estão procurando a caixa-preta da aeronave, que contém os registros de voo.
O presidente egípcio, Adbel Fattah al-Sisi, ofereceu condolências às famílias pelas pessoas a bordo do avião, o que equivale a um reconhecimento oficial do Cairo a respeito de suas mortes.
O ministro da Defesa da Grécia, que também faz buscas no mar, disse que as autoridades egípcias encontraram parte de um corpo, bagagens e um assento na água pouco ao sul de onde o sinal do avião foi perdido.
Embora as suspeitas tenham recaído sobre os militantes islâmicos que explodiram outra aeronave sobre o Egito meros sete meses atrás, nenhum grupo assumiu a responsabilidade mais de 24 horas depois do desaparecimento do voo MS804, realizado por um Airbus A320.
Três investigadores franceses e um especialista técnico da Airbus chegaram ao Cairo no início desta sexta-feira para ajudar a investigar o destino do avião desaparecido, afirmaram fontes aeroportuárias.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro egípcio, Sherif Ismail, afirmou que era cedo demais para descartar qualquer explicação para o desastre. O ministro da Aviação do país disse que um ataque terrorista é mais provável do que uma falha técnica.
O anúncio desta sexta-feira sobre os destroços sucedeu uma confusão anterior a respeito da descoberta de restos do voo. Equipes de busca gregas localizaram algum material na quinta-feira, mas mais tarde a companhia aérea informou que ele não pertencia ao avião.