Francisco se reuniu com o juiz Abdelsalam e autoridades dos Emirados Árabes Unidos para uma iniciativa que visa valorizar o papel das religiões na promoção de soluções práticas para enfrentar as mudanças climáticas
Vatican News
Não apenas a política ou a sociedade civil. As religiões também são e querem ser protagonistas na proteção da Terra em um nível prático. Este é o objetivo da iniciativa que o Papa discutiu há alguns dias com o juiz Mohamed Abdelsalam, secretário-geral do Conselho Muçulmano de Anciãos, e o embaixador Majid Al-Suwaidi, diretor-geral e representante especial da presidência da COP28, que os Emirados Árabes Unidos sediarão no final do ano, de 30 de novembro a 12 de dezembro.
A Sala de Imprensa do Vaticano informou sobre o encontro que ocorreu na Casa Santa Marta na segunda-feira, 29, no qual compartilhou a possibilidade, segundo um comunicado, “de lançar uma iniciativa conjunta sobre mudança climática em preparação e por ocasião da próxima COP28”, de modo a “envolver instituições religiosas, líderes e organizações da sociedade civil ao enfrentar os objetivos” da cúpula.
Nesse sentido, todas as instituições religiosas, líderes e organizações da sociedade civil de todo o mundo serão convidadas “a se unirem”, diz a nota, “para alcançar o objetivo comum de proteger a Terra, nossa casa comum”. A iniciativa, explica a nota, “tem como objetivo valorizar o papel das religiões em unir nações, culturas e indivíduos e abrir novos horizontes para a ação sobre o clima”. Nesse projeto, enfatiza-se, há uma “firme convicção da importância do papel dos líderes e das instituições religiosas na promoção de soluções práticas para enfrentar as consequências prejudiciais das mudanças climáticas”.
Durante a audiência, conclui o comunicado, “também foi considerada a possibilidade de criar um pavilhão para o diálogo inter-religioso e intercultural na COP28. Esse espaço poderia ser dedicado ao discurso religioso iluminado e ao intercâmbio de conhecimento, servindo como uma plataforma para o diálogo entre religiões e culturas e destacando o papel crucial das perspectivas e valores religiosos no enfrentamento da crise climática”.