Sair e evangelizar

Igreja quer mais ação das comunidades católicas na sociedade

Comunidades católicas em Portugal são convocadas para ações concretas de evangelização na sociedade, em outubro

Da redação, com Agência Ecclesia

As Obras Missionárias Pontifícias convidam as comunidades católicas em Portugal a fazerem deste mês de outubro uma oportunidade para reforçar sua presença e ação na sociedade.

Inspirado na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, a instituição publicou, em seu site, um documento, intitulado “Guião”,  para falar sobre a ação missionária.

O texto destaca que tomar a iniciativa, precisar ser uma das imagens que devem marcar os missionários de hoje.

“Nós somos convidados por Francisco (e, antes dele, por Cristo) a sermos ‘Igreja em saída’, na rua, a partilhar a sorte, a má sorte de todos, sobretudo dos pobres, mesmo sujando as mãos”, salienta o documento.

O ‘Guião’ tem como tema “Missão: uma paixão por Jesus e por todos” e apresenta em destaque a mensagem do Papa para o 88º Dia Mundial das Missões, que será celebrado no dia 19 de outubro.

"Somos convidados por Francisco a sermos ‘Igreja em saída’" / Foto: Agência Ecclesia

“Somos convidados por Francisco a sermos ‘Igreja em saída’” / Foto: Agência Ecclesia

O texto recorda que o Papa Francisco destaca a grande urgência da missão ‘ad gentes’, na qual “são chamados a participar todos os membros da Igreja, pois esta é, por sua natureza, missionária”.

Francisco sustenta ainda que “os bispos, como primeiros responsáveis pelo anúncio, têm o dever de incentivar a unidade da Igreja local à volta do compromisso missionário”, principalmente nos “lugares mais remotos”, nas “periferias de seu próprio território, onde há mais gente pobre à espera”.

Para o presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização, Dom Manuel Linda, que também participou na elaboração do documento, Portugal e a Europa precisam de pessoas que, tal como nos primeiros tempos do cristianismo e da época dos descobrimentos, saibam “abalançar-se” na propagação da Palavra de Deus e dos seus valores.

Mesmo que por vezes se sinta que as condições não estão totalmente reunidas ou que faltam estruturas para o fazer.

“Primeiro está a obra missionária e só depois é que vêm as estruturas de cristandade. Não o contrário. Se os Apóstolos se propusessem começar por criar as estruturas ‘indispensáveis’ em Jerusalém, ainda hoje não teriam de lá saído”, sublinha Dom Manuel Linda.

Saber escutar os sinais dos tempos, as necessidades do “mundo”, mesmo daqueles “que pensam de maneira diferente”; e a Igreja, os seus bispos e leigos, os jovens e adultos, os mais velhos, são também características essenciais para quem quer ser missionário.

O presidente dos Institutos Missionários Ad Gentes, padre Antônio Fernandes, alerta que nenhum missionário “anuncia o seu projeto, a sua perspectiva ou os seus sonhos”. “Por mais belos e atraentes que possam ser, não possuem a riqueza e a profundidade do projeto de Deus”, aponta o padre.

O sacerdote pede também no documento que quem trabalha ou quer trabalhar nesta área se “distinga” pela “dedicação” ao próximo “com uma atenção que lhe toque o coração, para que experimente a riqueza de humanidade”.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

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