Sacerdote foi morto em julho enquanto celebrava Missa; Igreja foi reaberta ontem
Da Redação, com Agência Ecclesia
A igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, na França, voltou a abrir as portas neste domingo, 2, depois de ter estado fechada desde o assassinato do padre Jacques Hamel, em 26 de julho, enquanto celebrava Missa. O sacerdote foi morto por fundamentalistas islâmicos.
A diocese francesa anunciou que o Papa Francisco decidiu antecipar o início do processo de beatificação do padre Hamel após aceitar o pedido de dispensa do período de espera de cinco anos após a morte que era exigido pelo Direito Canônico.
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No voo de volta a Roma após a viagem a Geórgia e Azerbaijão, o próprio Papa confirmou que o cardeal Amato está analisando a questão, sem esperar os cinco anos exigidos para o início do processo.
A celebração de reabertura da igreja ao culto, com a presença de vários muçulmanos, foi marcada por vários gestos de “perdão” para a “reconciliação e paz”.
Segundo a Diocese de Rouen, os ritos previstos para casos de profanação foram adaptados para a circunstância – procissão, abertura da porta, textos bíblicos, oração, Eucaristia.
No decorrer da celebração, foram colocados no seu local original quatro símbolos da fé católica que os atacantes danificaram: um crucifixo, o círio pascal, o altar de madeira – que foi atingido com dezenas de facadas – e o rosário que foi retirado das mãos da imagem de Nossa Senhora de Fátima.
O Papa Francisco presidiu em 14 de setembro uma Missa em sufrágio pelo padre Jacques Hamel, no Vaticano, na qual evocou o sacerdote como um “mártir” e considerou “satânico” matar em nome da religião.
“É um mártir! E os mártires são bem-aventurados. Devemos rezar para que ele nos dê a mansidão, a fraternidade, a paz, também a coragem de dizer a verdade: matar em nome de Deus é satânico”, disse na capela da Casa de Santa Marta.
Um grupo de 80 peregrinos da diocese francesa, acompanhados pelo seu bispo, Dom Dominique Lebrun, participou nesta Eucaristia.