Junto aos milhares de peregrinos reunidos na Sala Paulo VI, no Vaticano, o Papa explicou a novidade que se expressa através do convite à conversão, feito de modo especial durante a Quaresma.
"A conversão é ir contra a corrente, onde a 'corrente' é o estilo de vida superficial, incoerente e ilusório, que muitas vezes nos arrasta, nos domina e nos torna escravos do mal ou como que prisioneiros da mediocridade moral".
O Pontífice destacou que a fórmula litúrgica usada no rito da imposição das Cinzas – "Convertei-vos e crede no evangelho!" – não expressa duas coisas diferentes, mas sim a mesma realidade.
"A conversão é o 'sim' total de quem entrega a própria existência ao Evangelho, respondendo livremente a Cristo que por primeiro se oferece ao homem como caminho, verdade e vida, como aquele que o livra e salva".
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Verdadeira conversão
"Converter-se significa mudar a direção no caminho da vida: não, porém, com um pequeno ajuste, mas com uma verdadeira e real inversão de marcha", salientou Bento XVI.
Diante do contexto de uma cultura que irradia um medo do fim e da morte, a Quaresma se tornaria um convite a compreender e viver "na novidade inesperada que a fé cristã irradia na realidade da própria morte", expressou.
O Santo Padre concluiu a Catequese desejando que os fiéis vivam o tempo quaresmal como uma renovação do compromisso de seguir Jesus, de se deixar transformar pelo mistério pascal: "Para vencer o mal e fazer o bem, para fazer morrer o nosso 'homem velho' ligado ao pecado e fazer nascer o 'homem novo' transformado pela graça de Deus".
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