imigrantes venezuelanos

Governo não fechará fronteira com Venezuela, diz Temer

Nos últimos dias, o Palácio do Planalto negou a hipótese de restringir a fronteira entre Brasil e Venezuela

Da redação, com Agência Brasil

O presidente Michel Temer disse que as fronteiras brasileiras estão abertas, desde que “disciplinadamente”, para acolher imigrantes venezuelanos e de outros países. Segundo ele, limitar a entrada de estrangeiros no país é “incogitável e inegociável”. Durante ato de lançamento de uma ação médico-humanitária de médicos voluntários em Roraima, Temer respondeu às tentativas do governo de Roraima de suspender o ingresso de venezuelanos no país.

“As nossas fronteiras estão abertas. É claro que disciplinadamente, porque fomos capazes, lá em Pacaraima, de organizar um sistema de ingresso que desde logo importa, por exemplo, na vacinação mais ampla em relação a todos os eventuais males físicos que a eventual entrada de venezuelanos possa acarretar para o nosso país. É uma proteção a eles próprios e para todo país”, afirmou.

Nos últimos dias, o Palácio do Planalto havia negado a hipótese de restringir a fronteira devido ao alto fluxo de venezuelanos, em especial após os conflitos com brasileiros no último fim de semana. Após ataques a abrigos em Pacaraima, 1,2 mil refugiados retornaram à Venezuela.

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De acordo com o presidente, 60% dos 127 mil venezuelanos que atravessaram a fronteira já saíram do território brasileiro em direção a outros países. Ao discursar na presença dos 36 profissionais de saúde que embarcam neste domingo, 26, para Boa Vista, Temer buscou fazer um relato das ações que o governo tem promovido na região. Segundo ele, quando o Poder Público atua no acolhimento e interiorização dos venezuelanos, está ajudando também os roraimenses, ao desonerar os serviços locais de saúde, por exemplo.

“Vez ou outra há sugestão, até pleiteada judicialmente, no sentido de fechar as nossas fronteiras. Eu, desde o primeiro momento, disse que era incogitável e inegociável essa matéria. Não temos como fechar fronteiras no nosso país, sob pena de praticarmos um ato desumano em relação àqueles que vêm procurar abrigo”, disse, referindo-se ao pedido da governadora Suely Campos.

 

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