Uma das medidas do acordo para gerir crise de migração na Europa é a criação de centros de acolhida e o registro dos migrantes
Da Redação, com Rádio Vaticano em italiano
A crise de migração na Europa continua tensa, mas um acordo firmado em Bruxelas prevê a gestão dessa crise. Uma das medidas é o acolhimento a 100 mil pessoas em centros de acolhida, a metade deles na Grécia.
Novas tragédias foram registradas na Líbia; na Grécia, diante da ilha de Lesbo, uma mulher e duas crianças morreram e outras 7 pessoas estão desaparecidas em mais um naufrágio. A situação também se agrava na Síria, onde 130 mil civis estão em fuga da ofensiva aérea e por terra por parte da Rússia, do Irã e das forças do governo nas regiões de Hama, Idlib e Aleppo.
Pontos principais do acordo
O acordo possui 17 pontos para gerir o fluxo de migrantes que vão para a Europa através da rota balcânica. Os aspectos cruciais são a criação de novos centros de acolhida e o registro dos migrantes. A Grécia vai assegurar 30 mil novos postos até o fim do ano e com o apoio do Acnur, agência da ONU para os refugiados, hospedará mais de 20 mil refugiados. Conforme anunciou o presidente da comissão europeia, Jean-Claude Juncker, quem não se registrar não poderá reclamar por direitos.
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O acordo prevê também medidas para desencorajar o movimento dos migrantes sem informar os países vizinhos. O alto comissário da ONU para os refugiados, Antônio Guterres, explicou que nenhum país poderá descarregar em massa os migrantes para as fronteiras vizinhas sem o seu consentimento.
Palavra da chanceler alemã e do premier esloveno
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que o acordo é um primeiro passo. “É somente uma contribuição e não a solução do problema migratório, mas ao menos garante que os refugiados tenham condições humanas”.
Segundo o primeiro-ministro da Eslovênia, Miro César, a situação permanece muito grave. Se a Europa não adotar logo soluções humanas e concretas, disse, a União Europeia está destinada a se esfacelar.