Angelus

Fazer o bem nos momentos bons e difíceis da vida, exorta Papa

“Como o cego, será que sabemos ver o bem e agradecer os dons que recebemos?”, questionou Francisco na reflexão que antecedeu o Angelus deste domingo, 19

Da redação, com Vatican News

Foto: Vatican Media­Handout via Reuters

Aos milhares de peregrinos presentes na Praça São Pedro, o Papa comentou o Evangelho deste IV Domingo de Quaresma, recomendando vivamente aos fiéis que leiam a narração do gesto de Jesus que doa a vista a um homem cego de nascença (cf. Jo 9,1-41). 

Este episódio, afirmou Francisco, mostra como Jesus age e como procede o coração humano: há o coração bom, tíbio, medroso e corajoso, como demonstram os protagonistas da narração. Ninguém acolhe de bom grado o prodígio de Jesus, com exceção do cego. Os vizinhos são céticos, os escribas e os fariseus se opõem, enquanto os pais do homem curado temem as autoridades religiosas. 

Em todas estas reações, explicou o Santo Padre, emergem corações fechados diante do sinal de Jesus: “ou porque procuram um culpado ou não sabem se maravilhar, ou porque não querem mudar, bloqueados pelo medo”.

Dar testemunho

O Pontífice recordou que o único que reage bem é o cego: feliz em poder ver, ele testemunha o que lhe aconteceu na maneira mais simples: “Eu era cego e agora vejo”. “Agora, livre no corpo e no espírito, ele dá testemunho de Jesus, deixando para trás o gosto amargo da marginalização, da indiferença e do desprezo”. 

“Esta é a dignidade de uma pessoa nobre, de uma pessoa que sabe que foi curada e se restabelece, renasce”. “E nós, como agimos?”, questionou. O Papa então fez uma série de perguntas:

“Como o cego, será que sabemos ver o bem e agradecer os dons que recebemos? Somos testemunhas de Jesus ou espalhamos críticas e suspeitas? Somos livres diante dos preconceitos ou nos associamos àqueles que espalham negatividade e fofocas?” E mais: “Como acolhemos as pessoas que têm limitações, sejam físicas, como este cego, sejam sociais, como os mendicantes que encontramos na rua?”

Fazer o bem

Francisco concluiu convidando os fiéis a pedirem ao Senhor a graça de ver, todos os dias, com os dons de Deus, nas várias circunstâncias da vida, mesmo as mais difíceis de aceitar, como oportunidades para fazer o bem, como Jesus fez com o cego. 

“Que Nossa Senhora nos ajude nisto, junto com São José, um homem justo e fiel.”

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