Secretário de Estado norte-americano vai a Cuba nesta sexta-feira; esta será a primeira visita oficial em 70 anos, pós retomada da diplomacia entre ambos os países
Da Redação, com Agência Brasil
O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, visita Cuba nesta sexta-feira, 14. Será a primeira vez que um alto executivo do governo norte-americano estará na ilha desde que as relações diplomáticas começaram a ser restabelecidas.
Kerry vai participar da cerimônia para içar a bandeira norte-americana na Embaixada dos Estados Unidos, inaugurada em julho em Havana, e será o primeiro chefe da diplomacia do país a visitar a ilha em 70 anos.
Além da cerimônia, Kerry deverá se encontrar com a alta cúpula do governo cubano. Embora a agenda ainda não tenha sido divulgada, a previsão é que ele se reúna com o chanceler Bruno Rodríguez.
Segundo a Casa Branca, a agenda prevê a continuidade do diálogo de reaproximação. Os temas sensíveis para Cuba são o embargo econômico e financeiro imposto pelos Estados Unidos à ilha e a restituição do território onde se encontra a base norte-americana de Guantánamo, no Sul.
Com relação ao embargo, decretado em fevereiro de 1962 e ampliado pela Lei Helms-Burton de 1996, somente o Congresso norte-americano pode votar uma reforma na lei vigente. Para ser aprovada uma mudança, o governo precisa convencer os republicanos, que hoje são maioria na Câmara e no Senado, a menos de um ano das eleições presidenciais.
Para os norte-americanos, os direitos humanos, a situação dos dissidentes e o tráfico de seres humanos são temas importantes nas conversações.
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A imprensa internacional, que acompanha a reaproximação, e analistas entrevistados nos Estados Unidos afirmam que, apesar do “recomeço”, ainda há muito o que se alcançar para o pleno restabelecimento das relações.
As relações entre Cuba e os Estados Unidos estavam suspensas desde 1961 e a manutenção do isolamento era um dos resquícios do período da Guerra Fria, entre os norte-americanos e a extinta União Soviética.