Para a Turquia, é inaceitável o que o Papa Francisco disse neste domingo em Missa pelo centenário do massacre armênio; Turquia não reconhece fato como “genocídio”
Da Redação, com Rádio Vaticano
A embaixada da Turquia junto à Santa Sé definiu como “inaceitável” o que disse o Papa Francisco neste domingo, 12, na Missa pelo centenário do “martírio” armênio. O Santo Padre citou textualmente a Declaração Comum de João Paulo II e Karekin II, em 2001, destacando o massacre dos armênios, iniciado em 1915, como o primeiro genocídio do século XX.
O governo turco sempre foi sensível ao uso desta expressão. Ancara chamou o embaixador junto à Santa Sé para consulta e convocou o núncio apostólico na Turquia, Dom Antônio Lucibello, a quem manifestou sua decepção.
Na mensagem direcionada aos armênios, o Papa Francisco disse que é responsabilidade não só desse povo e da Igreja, mas de toda a família humana, fazer memória do que aconteceu, para que não mais a humanidade cometa tais erros, que ofendem Deus e a dignidade humana.
O Santo Padre disse que o aniversário do trágico acontecimento dever ser para todos uma ocasião de reflexão humilde e sincera. E que cada oração esteja aberta ao perdão que é a fonte de paz e esperança renovada. Só assim, segundo ele, as novas gerações vão se abrir para um futuro melhor e o sacrifício de tantos será semente de justiça e de paz.