A agência da ONU para a infância pediu, em campanha, 8,25 milhões de dólares em fundos para os primeiros socorros
Da Redação, com Vatican News
Uma tenda da Unicef foi montada no centro de Beirute, no Líbano, para atender as crianças vítimas das explosões na região portuária de Beirute, causadas por problemas no armazenamento de cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amônio, no último dia 4. Além do atendimento médico, a entidade presta socorro psicológico e outros serviços, incluindo abrigo, água, alimentos ou kits de higiene.
Cerca de 675 crianças foram beneficiadas até agora. Do ponto de vista da saúde, a Unicef está fornecendo vacinas antitetânicas para os feridos
Pelo menos três crianças morreram na onda de choque provocada pela devastadora explosão ocorrida no porto de Beirute e 31 continuam hospitalizadas. Os números são do Unicef e relatam informações de parceiros locais, que falam de cerca de mil crianças entre os feridos. Algumas foram inicialmente separadas de suas famílias, mas depois voltaram com seus pais, mas dois ainda estão sob os cuidados de parentes.
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O presidente do Unicef Itália, Francesco Samengo, destaca que a agência da ONU para a infância lançou, na última sexta-feira, um pedido inicial de 8,25 milhões de dólares em fundos para os primeiros socorros. “O Unicef está atualizando o apelo, que será revisado e será significativamente maior.
Coronnavírus: proteção individual
O Unicef também comunicou, por meio de uma nota, que suprimentos com equipamentos de proteção individual, incluindo 3,5 milhões de máscaras cirúrgicas, chegaram no Líbano. São 17.370 máscaras Ffp2; 2,6 milhões de pares de luvas; 124.810 aventais e roupas médicas, além de milhares de viseiras, macacões, protetores de sapatos, chapéus e óculos.
O primeiro voo com carga chegou em Beirute nesta quarta-feira, 12.
Por outro lado, o país bateu um novo recorde em número de contágios diários de coronavírus. Foram 309 casos nas últimas na terça-feira, com 7 mortes, conforme anunciado pelo Ministério da Saúde. No total, o País dos Cedros registra 7.121 casos de contágio com 87 óbitos.
O Líbano havia conseguido conter a propagação da pandemia, mas o número de contágios voltou a subir após a reabertura do Aeroporto Internacional em 1º de julho.
Acesso à água
Muitas famílias em Beirute não têm acesso à água potável devido aos danos causados nas ligações entre as fontes de água e os edifícios e no interior dos prédios, após a explosão do porto que devastou a cidade.
Os resultados preliminares das avaliações realizadas pelas equipes do Beirute and Mount Lebanon Water Establishment, empresa que administra a distribuição de água na capital libanesa, indicam que, de modo geral, a rede de água não sofreu danos significativos até o momento. No entanto, os técnicos da organização humanitária analisaram 558 edifícios dos 3 mil afetados e 135 não têm acesso à água. Beirute precisa de cloro para desinfetar as bacias do sistema da cidade, devendo ser entregue em duas semanas.
Mais de 300 jovens voluntários foram mobilizados para ajudar a limpar, cozinhar, distribuir alimentos e água e fazer pequenos consertos em casas e lojas, alcançando assim cerca de 14 mil famílias.
Escolas danificadas ou destruídas
A explosão atingiu também 20 escolas públicas de ensino e formação técnico-profissionalizante que abrigam cerca de 8 mil adolescentes e jovens, além das 120 escolas públicas e privadas já listadas entre as destruídas.
As estruturas de saúde danificadas, as escolas e as ligações de água terão de ser refeitas, e também a assistência emergencial em dinheiro para as famílias mais vulneráveis, incluindo trabalhadores de saúde e logística, é de fundamental importância, relata uma nota divulgada pelo porta-voz do Unicef em Genebra, Marxie Mercado.