O Papa Bento XVI recebeu nesta quinta-feira, 6, a nova embaixadora do Egito junto à Santa Sé, Aly Hamada Mekhemar, para a apresentação de suas credenciais.
No seu discurso, o Papa falou das situações de violência que abalam o Oriente Médio, a África e Ásia, convidando a comunidade internacional a favorecer a reconciliação.
"No alvorecer do mundo o Egito aprendeu a compreender o que quer dizer encontro e mistura de povos, culturas e crenças religiosas. Essa riqueza cultural e espiritual fez do Egito um exemplo de sabedoria e de equilíbrio, que deve ser ainda hoje motor de uma incessante construção da paz em nível mundial", disse o Papa.
"A relação entre povos foi certamente baseada em um profundo respeito recíproco das identidades e das tradições religiosas", recordou o pontífice. "E justamente esta colaboração inter-religiosa é um aspecto essencial para contrastar a violência em ato em muitas regiões da África, da Ásia, e em especial do Oriente Médio. Nesta situação, disse o papa, as religiões podem e devem ser fatores de paz. Mas, infelizmente, podem ser escassamente compreendidas e utilizadas para provocar violência e morte", acrescentou.
Bento XVI falou ainda da relação com o Islã e das reuniões anuais entre o instituto Al-Azhar al-Sharif e o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso.
A propósito, disse o Pontífice, o governo egípcio poderia oferecer aos inúmeros turistas cristãos que visitam o Egito "a oportunidade de rezar com dignidade em locais de culto apropriados". Para o Papa, isso demonstraria que o Egito pretende promover amigáveis e fraternas relações entre as religiões e os povos, em pleno acordo com a sua antiga e nobre tradição.
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