Inquérito Canônico de Dorothy Day foi aberto pelo Cardeal Timothy Dolan, Arcebispo de Nova York; Papa Francisco citou ativista como um dos quatro grandes nomes dos EUA
Da redação, com Rádio Vaticano
Mais uma importante etapa no caminho de Dorothy Day para a santidade: a ativista fundadora do Movimento de Trabalhadores Católicos nos Estados Unidos, falecida em 1980, foi citada pelo Papa Francisco como um dos quatro grandes nome que, com seu testemunho de vida, souberam encarnar os valores fundamentais para a construção de um futuro melhor nos Estados Unidos.
Instrutória aberta
O arcebispo de Nova York, Cardeal Timothy Michael Dolan, abriu o inquérito canônico para coletar depoimentos relativos à vida e às obras de Dorothy, e determinar assim a existência das virtudes heroicas necessárias para a causa. Depois desta fase, a arquidiocese encaminhará os resultados à Congregação das Causas dos Santos e ao Papa, que tomará a decisão final.
Segundo o postulador, Mons. Gregory A. Mustaciuolo, na instrutória serão ouvidas cerca de cinquenta pessoas que acompanharam de perto a experiência da ativista. Uma comissão deverá também reconstruir o contexto cultural da ação de Dorothy Day.
Quem foi
“Mulher de grande expressão humana, cultural e espiritual, nascida em Nova York em 1897, foi jornalista e ativista social, célebre sobretudo por suas campanhas em defesa dos pobres e sem-casa”. Aos 30 anos, se converteu ao catolicismo, aliando a fé à experiência social e política. Em 1933 fundou o Movimento dos Trabalhadores Cristãos e em seguida, as casas de hospitalidade para pobres, que rapidamente se espalharam além dos confins do país.
Em seu discurso ao Congresso, em Washington, em 24 de setembro de 2015, o Pontífice associou a figura de Dorothy Day a de outros três estadunidenses – o presidente Abraham Lincoln, o líder antirracista Martin Luther King e o monge Thomas Merton – que “deram forma a valores fundamentais que marcarão para sempre no espírito o povo do país”.