Desafios na pandemia

Domingo do Mar: Vaticano convida a rezar pelos trabalhadores marítimos

Vaticano convida a rezar “pelos marítimos que, apesar da emergência, continuam a apoiar a economia mundial com seu trabalho e pagando pessoalmente o preço com maiores sacrifícios

Da Redação, com Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral e Agências

No próximo domingo, 12, será celebrado o Domingo do Mar, ocasião em que são recordados os trabalhadores marítimos e as pessoas que de alguma forma estão ligadas à vida no mar. A Igreja convida a todos os fiéis a se recordarem e rezarem pelas pessoas que dependem do trabalho no mar, como a pesca, por exemplo, para a sobrevivência, principalmente neste tempo de pandemia.

Neste momento de pandemia, os marítimos estão mais sobrecarregados / Foto: Quang Nguyen vinh por Pixabay

A Conferência Episcopal da Austrália, local de grande fluxo de trabalhadores marítimos, recordou em nota, o momento difícil vivido por eles. “Neste momento de pandemia, os marítimos estão mais sobrecarregados do que a maioria dos trabalhadores de outros setores: mais do que qualquer outro, de fato, eles sofrem isolamento, exploração, dificuldades climáticas, abusos, atos de pirataria, insegurança no trabalho” e no último período “estes encargos foram agravados, levando ao extremo o estresse dos marítimos”, destacam.

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O Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, do Vaticano, que coordena o Apostolado do mar, convida a rezar “pelos marítimos que, apesar da emergência, continuam a apoiar a economia mundial com seu trabalho, transportando as necessidades básicas de nossas vidas e pagando pessoalmente o preço com maiores sacrifícios.

O Departamento também exprimiu sua gratidão aos capelães e voluntários que não puderam visitar os navios devido às restrições em vigor para impedir a propagação do COVID -19, mas que encontraram novas formas criativas de continuar a apoiar e estar próximo das pessoas do mar.

Adiamento do Congresso Mundial do apostolado do Mar

Em uma carta enviada a todos os presidentes das Conferências Episcopais, aos bispos promotores, aos coordenadores regionais, aos diretores nacionais, aos voluntários e aos capelães, o prefeito do Dicastério, Cardeal Peter Turkson, anuncia o adiamento do XXV Congresso Mundial da Stella Maris / Apostolado do Mar e a celebração do centenário, inicialmente marcada para 29 de setembro a 4 de outubro de 2020 em Glasgow, na Escócia, devido à pandemia, foi transferido para 3 a 8 de outubro de 2021.

Segundo Turkson, mbora a organização do evento esteja em andamento, a pandemia de Covid-19 declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) forçou a mudar nosso plano original. “Portanto” – escreve o cardeal – “depois de considerar cuidadosamente as implicações práticas relativas à organização do evento e a incerteza da evolução da situação mundial neste momento histórico sem precedentes, devo informá-lo que foi decidido adiar o XXV Congresso Mundial e a celebração do Centenário de domingo 3 de outubro a sábado 8 de outubro de 2021 sempre em Glasgow “.

Atendendo ao convite do Dicastério, os bispos australianos, encoraja toda comunidade católica a reconhecer os marítimos como trabalhadores essenciais e fazem um apelo à coleta anual do Apostolado do Mar, doando também através da web, de modo a “restituir algo aos marinheiros, como sinal de gratidão por todos os sacrifícios que eles suportam para nos fazer viver bem”, declara nota.

Mensagem do Papa Francisco

O Papa Francisco, no mês de junho, enviou uma mensagem aos marítimos e pescadores, para expressar sua solidariedade neste período de pandemia. O Pontífice afirma que “são tempos difíceis para o mundo, porque estamos lidando com os sofrimentos causados pelo coronavírus”.

O trabalho dos marítimos e pescadores, portanto, se tornou ainda mais importante para garantir à “grande família humana” alimento e outros gêneros de primeira necessidade.“Por isto, nós lhes agradecemos, também porque vocês são uma categoria muito exposta”, afirmou o Papa.

Francisco reconheceu os muitos sacrifícios enfrentados por eles, como a distância dos familiares, dos amigos e do próprio país, o medo do contágio, todos estes elementos são um peso difícil de carregar agora mais do que nunca, lembrou o Papa.

Por fim, Francisco expressou sua proximidade e garantiu suas orações. “Saibam que não estão sozinhos e não são esquecidos. O seu trabalho, o mar, os mantêm distantes com frequência, mas vocês estão presentes nas minhas orações e nos meus pensamentos, assim também como nos dos capelães e voluntários da ‘Stella Maris’”.

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