Atleta do Real Madrid, Vinicius Jr., foi vítima de ataques racistas durante partida disputada neste domingo, 21, na Espanha
Da Redação, com Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor
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Cristo Redentor tem iluminação desligada na noite desta segunda-feira, 22. / Foto: REUTERS/Pilar Olivares
Durante uma hora, na noite desta segunda-feira, 22, o Cristo Redentor teve sua iluminação desligada. A ação realizada pelo Santuário Arquidiocesano que cuida do monumento foi motivada pelos ataques racistas sofridos pelo brasileiro Vinicius Jr.
O jogador de futebol do Real Madrid, da Espanha, foi vítima de atos racistas neste domingo, 21. No Estádio Mestalla, o Valencia recebeu a equipe de Vinicius em um jogo válido pelo campeonato local. No segundo tempo, o brasileiro denunciou um torcedor que o estava chamando de “mono” (“macaco”, em espanhol).
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O árbitro paralisou a partida, e policiais foram até o local onde Vinicius estava indicando a presença do torcedor que havia o ofendido. Passaram-se oito minutos até o jogo ser retomado. Próximo ao final da partida, o jogador se envolveu em uma confusão com o goleiro adversário, levou um “mata-leão” e, ao reagir, foi expulso. O jogo acabou com vitória do Valencia por 1 a 0.
Em nota, o Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor repudiou os ataques racistas e declarou que o apagar das luzes foi um “símbolo da luta coletiva contra o racismo e em solidariedade ao jogador e a todos os que sofrem preconceito no mundo inteiro”. O desligamento aconteceu entre 18h e 19h.
A ação é uma cooperação entre o Núcleo de Esporte e Fé do Santuário, a Confederação Brasileira de Futebol e o Observatório da Discriminação Racial no Futebol. O reitor do Santuário, padre Omar, lembrou um versículo das Sagradas Escrituras: “Somos todos criados à imagem e semelhança de Deus” (cf. Gn 1,26-27).