SÍRIA

Cristãos sírios celebram, cautelosos, possível fim de sanções

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o levantamento das sanções econômicas contra a Síria, medida solicitada pelas igrejas e ONGs locais, e pelo povo

Da redação, com Vatican News

Hospítal sírio destruído após ataques aéreos / Foto: Reprodução Reuters

“Este anúncio veio tão rápido: não esperávamos, foi uma surpresa”, afirmou o padre George Sabé, falando da cidade de Aleppo, no norte da Síria. Na terça-feira, 13 de maio, durante sua visita à Arábia Saudita, o presidente Donald Trump anunciou o fim das das sanções estadunidenses contra a Síria, dando ao país do Oriente Médio “uma chance de grandeza”. Manifestações de alegria irromperam por todo o país, especialmente na Praça Omíada, em Damasco, onde uma grande multidão se reuniu na noite de terça-feira.

“É uma grande alegria para nós”

Impostas enquanto a Síria estava sob o regime de Assad, essas sanções dificultaram a vida dos habitantes do país desde o início da guerra em 2011, a primeira das quais data de 1979. “Afeta o cotidiano dos sírios, então é uma grande alegria para nós”, observa o sacerdote marista. No entanto, é preciso ter cautela, enfatiza. “É uma esperança que está se concretizando, mas estamos vigilantes.”

Primeiro, por causa da contrapartida que os estadunidenses provavelmente exigirão em troca dessa flexibilização, ou mesmo da remoção das sanções. Segundo, além de reconstruir o país com infraestrutura essencial, como estradas e hospitais, o Pe. Sabé insiste: “Devemos pensar em reconstruir a pessoa humana, os relacionamentos, o perdão e a justiça.”

A atitude de prudência e vigilância

O lugar das comunidades religiosas minoritárias também é uma das questões a serem esclarecidas. “Continuaremos a exigir a aplicação da justiça, o respeito para que cada comunidade viva com dignidade, de acordo com seus próprios valores”, diz o sacerdote, que reitera a atitude de vigilância e prudência: “Um vigia não se permite adormecer porque há boas notícias; é alguém que zela os valores.”

Quuando o novo governo assumiu o poder, os Estados Unidos haviam decidido adiar, o fim das sanções, devido à preocupação com o respeito aos direitos humanos e às minorias na região.

A pedido do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, o presidente donald Trump apressou-se em alinhar-se à posição da União Europeia, do Reino Unido e do Canadá. Ainda não se conhece um cronograma preciso; uma votação do Congresso dos EUA pode ser necessária para um levantamento efetivo das nações.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo