Total de mortos no conflito em Gaza já passa de 200
Da redação, com Cáritas Internacional
A Cáritas Internacional lançou um apelo especial para levar cuidados médicos à população afetada pelo bombardeio em andamento em Gaza. A Caritas Jerusalém se prepara para responder às necessidades urgentes dos milhares de feridos e dos milhares de pessoas que foram forçadas a deixar suas casas, seja porque foram destruídas, seja porque tentaram salvar suas vidas.
“Os bombardeios são extremamente pesados. O povo de Gaza viveu muitas guerras ao longo de muitos anos, mas todos concordam que desta vez é completamente diferente. Eles estão presos nesta faixa de terra densamente povoada à mercê de um intenso bombardeio aéreo com lugar nenhum para fugir para a segurança.” É assim que Ir. Bridget Tighe, Secretária Geral da Cáritas Jerusalém, descreveu a situação em Gaza, onde mais de duas milhões de pessoas vivem em uma área de aproximadamente 141 milhas quadradas. Desde 2007, a Faixa de Gaza está sob bloqueio total controlado por Israel, com uma pequena seção ao sul controlada pelo Egito. Portanto, os civis não têm onde se esconder dos bombardeios e nem mesmo a possibilidade de fugir como refugiados por terra ou mar.
“Pessoas tentam salvar suas vidas procurando abrigo em escolas, onde até 14 de maio, 17.000 já haviam encontrado abrigo.”
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Mortes passam de 200
De acordo com o Ministério da Saúde local, o total de mortos em Gaza é de mais de 200 civis. As vítimas incluem uma mãe e quatro de seus filhos, mortos em um ataque aéreo contra prédios residenciais no campo de refugiados de Al Shati, próximo à clínica da Cáritas, atualmente fechada.
Devido aos repetidos ataques a civis e à infraestrutura, a Cáritas teve que fechar a clínica devido ao alto risco de danos colaterais. O bombardeio também destruiu grandes seções das estradas principais, impedindo que as ambulâncias transportassem os feridos para os hospitais.
“O bombardeio contínuo ainda não permite que a Cáritas de Jerusalém intervenha, mas assim que o cessar-fogo entrar em vigor, forneceremos atendimento ambulatorial para traumas e atendimento básico de saúde essencial em nossa clínica”, disse Ir. Tighe.
O mesmo se aplica às unidades móveis e equipes médicas da clínica, que nos últimos anos têm permitido levar cuidados médicos – especialmente atendimento de traumas aos feridos – a populações mesmo nas áreas mais remotas e marginais, ao mesmo tempo que lhes proporcionam saúde e Educação alimentar.
Mas, além das condições de segurança necessárias para agir, a Cáritas precisa de recursos adequados para fornecer assistência médica, alimentação e outros itens básicos às populações afetadas nas diferentes áreas da Faixa de Gaza.
“Neste momento de violência cega, a Cáritas Internacional continuará a ajudar os mais vulneráveis, dando-lhes toda a ajuda necessária para aliviar seu sofrimento”, disse Aloysius John, Secretário-Geral da Confederação.
Diante desta nova tragédia humanitária, a Cáritas Internacional pede aos seus benfeitores que apoiem o trabalho da Cáritas Jerusalém.
“Agradecemos a ajuda que pode dar a nós e a essas pessoas desesperadas. Por favor, ajude-nos e mantenha-nos em suas orações”, acrescentou Ir. Bridget.