Neste domingo

Com procissão, cidade de Assis invoca paz e diálogo por Jerusalém

Iniciativa acontece em resposta à decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel

Da redação, com Edição Terra Santa

A cidade de Assis, na Itália, programou uma procissão para domingo, 17, pedindo a paz para Jerusalém. A iniciativa acontece após a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e transferir a embaixada americana para a cidade.

A procissão começará as 15h30 (hora local) no Santuário da Espoliação (lugar no qual São Francisco despiu-se, na frente do seu pai, do bispo e de um grupo de concidadãos, para mostrar sua renúncia ao mundo e o início de uma nova fase de vida inteiramente consagrada a Deus). No local será acesa uma chama, em sinal de paz, que será levada em procissão ao túmulo do santo.

A iniciativa é promovida pelo Arcebispo da diocese de Assis-Nocera Umbra-Gualdo Tadino, Monsenhor Domenico Sorrentino, juntamente com o Ministro provincial dos Frades Menores, Padre Claudio Duriguhetto; o ministro provincial dos Capuchinhos, padre Matteo Siro; o Ministro provincial da Terceira Ordem, padre Angelo Gentile e o Custódio do Sagrado Convento de Assis, padre Mauro Gambetti.

“Acreditamos que a vocação desta cidade singular só alcançará a paz, construída em diálogo entre as três grandes religiões abraâmicas, como um laboratório para um diálogo ainda mais universal entre todas as religiões e culturas”, disse o Monsenhor Sorrentino referindo-se a Jerusalém.

Em carta publicada no último dia 8, o administrador apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, monsenhor Pierbattista Pizzaballa, afirmou que a “Cidade Santa” destina-se como um lar para o diálogo e a paz.

“Não há nada que possa impedir Jerusalém, em sua singularidade e unidade, de se tornar o símbolo nacional dos dois povos que o reivindicam como sua capital”, diz o comunicado.

A declaração ainda afirma que as decisões unilaterais que mudam a configuração atual da cidade não trarão benefício, mas apenas novas tensões e eliminará a possibilidade de pacificação. “Os dois lados devem cuidar de preservar o caráter universal atual da cidade e trabalhar para que ela continue a ser o lugar onde judeus, cristãos e muçulmanos continuam a se encontrar nas ruas da Cidade Velha, cada um com sua própria mentalidade e tradições, ligados de maneira tão única uns aos outros”.

Esse pensamento ecoou nos últimos dias pelas declarações de todos os bispos das comunidades cristãs na Jordânia, que assinaram uma carta para expressar sua rejeição em relação a decisão de Trump. Decisão que, ele lê, “revela o viés dos EUA e sua inadequação para ser um patrocinador honesto do processo de paz”.

No Cairo, o patriarca copta ortodoxo Tawardos II fez uma declaração ainda mais ruidosa ao anunciar, no dia 9 de dezembro, que cancelou a reunião com o vice-presidente dos EUA, Michael Pence, que viajará para o Egito e Israel nos próximos dias.

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