As tempestades e inundações começaram na quinta-feira, 5, e só deram trégua nesta terça-feira, 10
Da redação, com Ansa
Subiu para 176 o número de mortos devido às fortes chuvas que atingiram a região sul e oeste do Japão, de acordo com o primeiro-ministro, Shinzo Abe, que visita as áreas atingidas. O premiê visitará um centro de acolhimento para os desabrigados em Kurashiki, cidade em que o rio alagou, destruindo áreas residenciais inteiras, matando mais de 40 pessoas.
As tempestades e inundações atingiram o país na última quinta-feira, 5, e só deram trégua nesta terça-feira, 10.
Segundo a emissora pública NHK, 54 mil pessoas foram mobilizadas em operações de resgate para procurar desaparecidos em meio à lama e aos escombros. A tragédia, que marca a maior enchente que atinge o país em 36 anos, forçou mais de 2 milhões a deixarem suas casas. Os deslizamentos de terra atingiram principalmente Hiroshima, com 71 mortos até o momento, e autoridades locais dizem que 88 pessoas permanecem desaparecidas.
Yasushi Kajihara, da Agência Meteorológica do Japão, acredita que um influxo de extrema umidade no ar foi o fator principal por trás desse de recordes de chuva.
Além disso, com o fim das chuvas torrenciais, a agência nacional japonesa adverte que as temperaturas nas áreas afetadas pelas enchentes podem superar os 35ºC a partir de hoje e pelos próximos sete dias.
Pelo menos 7,2 mil pessoas, que tiveram de deixar suas residências e morar nos centros de acolhimento, estão em risco de sofrer golpes de calor e surtos de intoxicação alimentar devido às altas temperaturas. Segundo o Ministério da Saúde Japonês, o fornecimento de água potável foi interrompido em cerca de 255 mil casas em 12 municípios, e quase 16 mil complexos habitacionais tiveram os sinais de internet e telefone bloqueados.