À medida que, gradualmente, a vida dos chineses vai voltando ao normal, autoridades de saúde relatam que os esforços de prevenção surtiram efeito
Da redação, com Reurters
A China não registra mais casos locais de infecção pelo coronavírus. Segundo as autoridades de saúde do país, os esforços de prevenção, agora, estão focados nos casos importados, à medida que a vida gradualmente volta ao normal entre os chineses.
Segundo informações do Ministério da Saúde, em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 31, em Pequim, foram registrados 48 novos casos importados enquanto autoridades da província de Hubei, no centro da China, disseram que mais de 1.500 pacientes assintomáticos estão sob observação médica desde segunda-feira, 30.
“A partir de 1º de abril, registraremos os números, vamos transferir e cuidar dos pacientes assintomáticos em nossas reuniões diárias”, disse Chang Jile, chefe do departamento de controle de doenças do Comitê Nacional de Saúde.
Ma Xiaowei, chefe da Comissão Nacional de Saúde (NHC, na sigla em inglês) afirmou que, desde o início da pandemia, a China priorizou salvar vidas. “Até agora, 63 mil pacientes foram curados na província de Hubei. A taxa de cura ultrapassou 93%”, acrescentou.
Depois de restringir suas fronteiras e suspender, temporariamente, a entrada de estrangeiros para evitar casos importados, um hospital especializado em Pequim viu seu primeiro paciente receber alta na segunda-feira, 30.
O Hospital Xiaotangshan, localizado nos subúrbios do norte da capital chinesa, passou por extensas reformas depois que foi originalmente construído para lidar com o surto de SARS de 2003. Foi colocado em operação, em 16 de março, para realizar a triagem e o tratamento de casos leves confirmados de COVID-19, casos suspeitos e pacientes que precisam ser testados depois de chegar do exterior.
Com foco no tratamento de casos importados, o hospital foi equipado com material didático em chinês e inglês, que abrangem tratamento médico, manuais de enfermagem e gráficos de operação. Fornece refeições noturnas para recém-chegados e trabalha com supermercados para oferecer serviços de compras on-line aos pacientes internados.
As enfermeiras que falam inglês, francês, coreano e japonês foram selecionadas para atender pacientes estrangeiros e facilitar a comunicação com os médicos. No domingo, 29, o hospital completou 2002 exames para pessoas que iam do exterior, com 43 confirmadas positivas para o COVID-19.
“As pessoas sempre dizem que somos lutadoras e heroínas, mas, na verdade, somos apenas pessoas normais que fazem o que podem. Este é o momento em que nossa nação precisa de nós. O que aprendemos pode contribuir para ajudar os doentes, e é por isso que viemos para cá”, disse uma enfermeira chamada Li Wanzhen.