COP21

Chanceler francês anuncia projeto para acordo global sobre clima

Os negociadores se reunirão para aprovar o acordo que visa transformar a economia global baseada em combustíveis fósseis e virar a rota de todo aquecimento

Da redação, com Reuters

O ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, apresentou o texto do projeto do acordo global para o clima neste sábado, 12, uma medida histórica que pretende transformar a economia global baseada em combustíveis fósseis e virar a rota do aquecimento global.

Às vésperas do fim do ano mais quente registrado e depois de quatro anos de preocupantes conversas nas Nações Unidas que frequentemente opunham os interesses das nações ricas e pobres, de ilhas correndo risco de serem submersas e potências econômicas emergentes, Fabius pediu a autoridades de cerca de 200 países que apoiem o que ele espera ser um acordo final.

“Nossa responsabilidade com a História é imensa”, disse Fabius a milhares de autoridades, incluindo o presidente francês, François Hollande, e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, no hall principal da conferência nos arredores de Paris.

Aprovação

Os negociadores se reunirão nesta tarde para aprovar o acordo, um grande avanço nos esforços globais para evitar as consequências potencialmente desastrosas de um planeta superaquecido.

Fabius chamou de “ambicioso e equilibrado” o acordo que marcará uma “histórica mudança” para o mundo. O texto oficial do acordo será divulgado ainda hoje.

As autoridades aparentemente resolveram as questões finais do acordo, e Fabius salientou os pontos-chave: uma meta mais ambiciosa para limitar a elevação das temperaturas globais para menos de 2 graus Celsius; um financiamento mínimo de 100 bilhões de dólares anuais para as nações em desenvolvimento até 2020; e um ciclo de cinco anos para analisar ações nacionais de combate às emissões de gases do efeito estufa.

Esperança

Antes da sessão, o principal negociador chinês, Gao Feng, disse que “havia esperança hoje” para o acordo final, enquanto o chanceler das Ilhas Marshall, Tony De Brum, disse: “acho que terminamos aqui”.

O acordo, se finalizado, será um poderoso símbolo para os cidadãos do mundo e um potencial sinal a investidores. Pela primeira vez em mais de duas décadas, tanto os países ricos como os pobres fecharão um acordo para uma visão comum para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, e uma estratégia para encerrar dois séculos de dominância dos combustíveis fósseis.

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